No fim daquela tarde agitada, depois de uma reunião longa e exaustiva, tudo o que eu queria era um momento tranquilo ao lado da mulher que fazia cada esforço valer a pena. A ideia me veio simples, quase óbvia: eu queria levá-la para jantar. Não um jantar qualquer, mas algo que marcasse esse novo recomeço que estávamos ensaiando.
Bati na porta da sala dela e entrei antes que ela respondesse. Ana estava concentrada, digitando algo no computador, mas levantou os olhos e sorriu ao me ver. Aquele sorriso dela tinha o dom de reequilibrar o meu mundo.
— Que tal um jantar fora hoje? — perguntei, me aproximando.
Ela ergueu uma sobrancelha, divertida.
— Está me convidando pra um encontro, senhor Albuquerque?
— Estou sim, senhorita... ou melhor, senhora quase minha. — Sorri de canto. — Um jantar só nosso, longe dos papéis, do estresse do dia a dia.
— Aceito! — respondeu imediatamente, fechando o notebook. — Não preciso nem pensar.
— Uau, tão fácil assim?
— Sabe que eu adoro uma boa refeição, min