Ana Luiza Martinelli
Meu despertador tocou pela quinta vez, e eu ainda me recusava a levantar. Na verdade, eu não queria encarar Enzo. Por que o destino resolveu ser cruel comigo e colocar o cara que já foi o amor da minha vida e, ao mesmo tempo, me destruiu no local onde trabalho?
Como vi que não poderia enrolar mais, levantei-me e me arrastei até o banheiro. Após fazer minha higiene matinal, fui à minha cafeteria preferida e comprei um café bem grande e um donut. Terminei tudo e voltei para o carro, pus uma música animada e, ao chegar à empresa, estacionei. Fiquei uns dez minutos dentro do carro, debruçada sobre o volante, e, de repente, ouvi batidas na minha janela. Quando levantei a cabeça, vi que era meu amigo.
— Vamos, minha diretora executiva. — Ele disse sorridente, e eu revirei os olhos.
— Acho que vou inventar alguma emergência e voltar para casa. — Digo enquanto saio do carro.
— Tudo isso é para evitar o nosso CEO? — Ele perguntou, ainda sorrindo.
Revirei os olhos e balanc