Durante o trajeto até o trabalho, o trânsito fluía tranquilamente e, pela primeira vez em muito tempo, eu não sentia pressa. Estar ao lado de Ana, ouvindo sua voz suave comentando sobre a rotina, ou apenas trocando olhares em silêncio, era o suficiente para o meu mundo parecer completo.
— Sabe o que eu estava pensando? — ela disse, virando levemente o rosto na minha direção.
— Diga.
— Que depois de sairmos da empresa, poderíamos levar o Nando para jantar fora. Nada chique, só um lugar que ele goste. Tem uma pizzaria temática que ele ama.
— Excelente ideia! — concordei de imediato. — Vai ser bom pra ele sair um pouco. Mas ele pode comer pizza?
— Sim, ele pode comer até duas fatias, nada mais que isso.
— Então está perfeito!
Ela riu baixinho e, por um instante, deixou a mão escorregar pela marcha até tocar a minha. Apertei seus dedos com carinho.
Chegamos à empresa com o humor elevado. Nos separamos brevemente para nossas rotinas, mas antes de ela entrar na sala dela, roubei um beijo rá