Aceitei a carona mais uma vez.

Estávamos dentro do carro, com aquele silêncio sufocante entre nós.

Olhei pela janela, evitando o encarar, mas a dúvida não saía da minha mente.

—Como você soube? — perguntei, virando lentamente o rosto para o olhar.

Ele manteve os olhos na rua, como se já esperasse por essa pergunta.

—Sua amiga comentou. Rose, certo? Ela estava preocupada e disse que a menina não estava bem... me pediu ajuda.

Assenti devagar, apertando os dedos na barra do meu vestido. – Eu vou acabar com a Rose!

Respirei fundo e ele continuou a falar:

—A essa hora, você não ia conseguir encontrar nenhum táxi por aqui de qualquer jeito. — Completou ele, com uma voz quase monótona, mas havia algo ali... uma ponta de preocupação.

—Você não precisava ajudar. Era só fingir que não ouviu! – Falei como um resmungo o ouvindo respirar forte, mostrando irritação.

—Senhorita Perseguida, não pode ao menos ser grata uma vez? – Perguntou ele, me encarando enfurecido. —Eu fiz porque eu quis.

Fiquei s