O dia passou tranquilo. Em partes!
Eu andava de um lado para o outro, encarando Charlie na maca.
Olhei para a tela, vendo-a saturar bem, ainda mantendo o cateter de oxigênio; ver minha filha naquele estado, fazia com que meu coração se apertasse.
Me sentei ao lado dela e acariciei seus cabelos castanhos.
Não demorou muito e Charlie abriu os olhinhos devagar. Assim que me viu, um sorriso fraco se formou em seus lábios.
— Mamãe...
Meu coração quase derreteu. Eu ajeitei o cateter de oxigênio e puxei a mesinha para perto da cama.
— Olha só o que a tia Rose deixou para você... — falei, mostrando a sacolinha de bonecas.
Charlie se animou e logo começamos a brincar juntas, dando nomes para as bonecas e inventando pequenas histórias.
Eu fazia voz engraçada e ela soltava risadinhas abafadas, que me faziam esquecer por alguns segundos o susto que havíamos passado.
De repente, a porta do quarto se abriu.
Virei o rosto e meu coração quase parou.
David estava ali, de terno, com o rosto marcado pel