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Capítulo 08 Meu chefe,Meu primo, meu irmão e meu filho

Lee Yong.

Meu chefe.

Meu primo.

Meu irmão.

Meu melhor amigo… e, às vezes, meu filho.

A gente cresceu junto, praticamente grudado. Temos a mesma idade, fomos criados lado a lado, estudamos nas mesmas escolas, aprendemos a andar a cavalo juntos e passávamos tardes inteiras competindo quem nadava mais rápido.

Mais tarde veio o golfe ,que ele odiava, mas jogava só pra me provocar.

Desde pequenos, sempre fomos diferentes.

Ele era o certinho, o líder, o perfeccionista.

Eu era o debochado, o impulsivo, o que arrumava confusão e ainda fazia piada depois.

Mesmo assim, a gente se completava.

Quando contei pra ele que era gay, achei que ia se afastar.

Mas o Yong foi o primeiro a me apoiar.

Sem hesitar, sem julgamento, sem aquele olhar torto que muita gente lança.

Disse apenas:

— “E daí? Você continua sendo o Hyun. E é isso que importa.”

Naquele dia, ele se tornou mais que meu primo. Virou meu irmão de alma.

E quando o pai dele adoeceu, e ele assumiu a presidência da Crystal Joias aos 25 anos, fez questão de me levar junto.

Disse pros meus tios:

— “Ou o Hyun vem comigo como vice-presidente, ou esqueçam que eu existo.”

E eles aceitaram.

Sem votação. Sem discussão.

Foi a primeira cláusula que ele impôs como novo CEO.

E até hoje, eu nunca deixei de ser grato por isso.

O Yong é um homem incrível. Inteligente, focado, às vezes até demais.

Tem uma mente brilhante pra negócios, uma frieza que impõe respeito e um senso de responsabilidade absurdo.

O que ele tem de profissional, tem de desmiolado.

O cara me dá muito trabalho.

Não pode ver um rabo de saia.

Coitada da Nayeon.

E o pior é que sempre sobra pra mim, pra limpar as bagunças e as “escapadas” dele.

Eu nunca sei se a Nayeon realmente não percebe… ou se finge que não vê.

Ela é obcecada por ele.

Aliás, todas as mulheres que ele se envolve acabam assim.

Tenho que admitir: ele merece o crédito.

É rico, bonito, poderoso.

Só tem um defeito : Não pode ver uma mulher.

E se for estrangeira, então… aí a coisa fica feia.

Proteger o Yong é, basicamente, protegê-lo de si mesmo.

E de certas “precauções” que os acionistas vivem tentando colocar ao redor dele.

A senhorita Park foi uma dessas precauções.

Uma mulher de quarenta e dois anos ,tudo fora do cardápio do Yong.

Mais velha, reservada, muito séria e um tanto ranzinza.

Colecionava gatos e plantas, e parecia encontrar mais alegria neles do que em qualquer interação humana.

Tinha um gosto duvidoso para roupas : terninhos bege, sapatos quadrados e colares de bolinha que pareciam herança de alguma tia-avó.

O perfume? Inesquecível, mas não pelos motivos certos: uma mistura de incenso barato com lavanda vencida.

Nunca foi casada, nunca apareceu com namorado, pois ela gostava de meninas.

Mas, como qualquer bom vice-presidente, nunca falei nada. Apenas observei e agradeci mentalmente, porque ela era imune ao charme do Yong.

E, apesar de tudo, era excelente no que fazia.

Organizada, disciplinada e dona de uma ética quase assustadora.

Nada passava despercebido por ela.

Foi a escolha perfeita para o cargo de secretária pessoal dele.

Pelo menos eu não tinha problemas com secretária nem com nenhuma outra funcionária , os pais do Yong deixaram as coisas claras desde o começo: “Se te pegarem de gracinha com qualquer funcionária, volta pro Estados Unidos e será deserdado.” Eles toleravam erro, toleravam deslize, mas um escândalo? De jeito nenhum.

Com isso, e com a senhorita Park no lugar, eu finalmente dormia tranquilo.

Mas, do nada, a senhorita Park pediu demissão.

Sem escândalo, sem aviso prolongado, apenas uma carta impecavelmente redigida e uma expressão indecifrável.

Saiu como entrou: silenciosa, elegante e deixando um buraco difícil de preencher.

Tentamos substituí-la, claro.

Abrimos processo seletivo interno, depois externo.

Foram semanas de entrevistas, testes e reuniões.

Cento e vinte e sete currículos, trinta entrevistas, cinco finalistas… e nada.

Nenhuma parecia à altura da senhorita Park.

Ou eram bonitas demais e o Yong já se distraía só de olhar as fotos , ou não tinham o preparo necessário pro cargo.

Foi quando a diretoria sugeriu buscar alguém da filial do Brasil.

Na hora, algo dentro de mim gritou: armadilha.

Eu sabia que aquilo era uma jogada perfeita pra fazer o Yong cair.

Sabia que os acionistas estavam jogando sujo.

Tentei contornar a situação de todo jeito.

Coloquei na mesa todos os argumentos possíveis: o custo de trazer uma funcionária de outro país, o processo de adaptação, as diferenças culturais, o visto corporativo.

Mas eles insistiram.

Disseram que seria “um teste interessante”, que “faria bem pra imagem da empresa ter uma funcionária internacional”.

Besteira. Eu sei o que eles queriam de verdade.

Queriam ver o Yong fracassar.

Queriam ver o homem perfeito perder o controle, cair na graça de uma estrangeira linda exatamente do jeito que ele gosta.

Era uma armadilha disfarçada de decisão estratégica.

E, claro, o destino fez questão de colaborar.

E, adivinha quem passou com nota máxima?

Anne Lopes.

Brasileira, jovem, formada em Comércio Internacional, fluente em inglês e coreano.

Portfólio impecável, histórico limpo, recomendação excelente tudo perfeito demais

Quando mostrei a foto dela pro Yong ele nem prestou muita atenção na foto dela achei muito estranho fiquei com a pulga atrás da orelha e estava certo.

O Yong fingiu desinteresse.

Fez aquele teatrinho de sempre, olhando a ficha da Anne como se estivesse apenas analisando o currículo de uma funcionária qualquer.

Mas bastou eu sair da sala por cinco minutos, e o danado correu pro computador pra bisbilhotar o I*******m da “funcionária brasileira”.

Stalkou a vida dela inteira.

Viagem, faculdade, café da manhã, cachorro — tudo.

Descobri porque, assim que ele saiu da sala dele, fui verificar o computador.

Velho hábito.

Sempre faço isso quando ele finge ser mais profissional do que o normal.

E, como sempre, estava certo.

Histórico aberto, perfil pesquisado, curtidas discretas.

O mesmo padrão de sempre: ele vai lá, investiga a vida da próxima “vítima” dele até decorar o nome dos amigos e o tipo de vinho favorito.

Foi aí que entrei em alerta.

Sugeri pra Nayeon uma viagem, pra ver se eles conseguiam se reconectar o relacionamento já vinha capengando fazia meses.

Ela adorou a ideia. Disse que a viagem foi perfeita, que eles estavam se entendendo, que o Yong parecia mais carinhoso, mais presente.

Falei comigo mesmo: “Finalmente esse casamento sai.”

Mas bastou ele ver a Anne pessoalmente. O cara nem disfarçou.

E a Armadilha ( apelido carinhoso que eu dei pra ela) também não colabora, e querida também quer ele, mal entrou e já quer “mostrar serviço “ — atenciosa demais…perfeita demais… bonita demais…

Sempre com uma roupa acentuando suas curvas ,sempre com um perfume que gruda na sua cabeça, ela quer chamar a atenção do Yong e ele é fraco para isso.

Quando sugeri que ela usasse uniforme, ele quase me demitiu!

Agora eu passo a maior parte do meu tempo vigiando esses dois do que trabalhando.

Mas eu não vou deixar o meu primo cair.

Não vou deixar os acionistas derrubarem ele usando a secretária estrangeira como isca.

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