Fernanda Castellane:
Minhas costas arquejam contra a parede fria. A textura gélida contrasta com o calor avassalador que me consome por dentro. A corda que prede meus pulsos roça contra minha pele fazendo eu cravar as unhas contra a palma enquanto uma das minhas pernas repousa sobre o ombro de Pietro – firme, quente, meu. A outra treme incontrolavelmente, mal sustenta meu peso, porque ele já tirou de mim qualquer resistência.
O rosto dele enterrado na junção entre as minhas pernas e de longe a vista mais erótica que já vi em toda a minha vida. Ele aperta minha coxa, pressionando ainda mais seu rosto, como se ali fosse o único lugar do mundo onde ele desejasse estar.
Meu corpo inteiro vibra.
Pietro não me come – ele devora. Cada movimento é calculado, cada sucção uma sentença em um idioma que meu corpo aprende antes mesmo de minha mente entender me fazendo perder o ar.
A língua dele é quente, precisa, habilidosa.
Cada lambida é um incêndio.
Cada sugada no meu clitóris é um colapso.
Cad