Pietro Castellane:
Entro no quarto com a calma calculada de um predador que sabe, sem sombra de dúvida, que a presa já se rendeu.
Fecho a porta atrás de mim. O som seco da fechadura se trancando ecoa como um aviso final: daqui, ninguém sai. Nem ela. Nem eu.
Ajoelha bem diante de mim, a menos de um passo de distância.
Nua.
“Pronta para te servir, marido”
As palavras que saíram de sua boca há segundos ainda vibram dentro da minha mente, reverberando como um sussurro sujo e delicioso que atiça cada parte do meu corpo.
Fernanda abaixa a cabeça, em submissão e essa atitude envia ondas quentes de fluxo sanguíneo diretamente para o meu pau.
As mãos dela entrelaçadas repousando sobre as coxas, tão quietas e obedientes, apenas esperando e esperando, o momento se estende, e não me importo, preciso beber dessa imagem deliciosa.
Quantas vezes, em silêncio, no escuro do meu quarto, fantasie exatamente com essa cena? Ela exatamente assim... sem medo, sem hesitação, apenas esperando por mim.
Sem ne