Filipo
O mesmo me encara contrariado, mas logo sobe as magas de sua camisa. Observo de forma atenta seus ante-braços, uma cicatriz redonda um pouco abaixo do seu cotovelo me chama atenção. De fato não é uma cicatriz comum, mas sim uma de bala. Seguro seu pulso e giro seu braço, do outro lá a marca de saída. Bingo!
— Como consegui isso?
Não preciso encara-lo para saber que ele está encarando a cicatriz. Mas não sinto seu corpo ficar rígido ou qualquer coisa parecida, nem mesmo sinto sua pulsação acelerar. Pelo contrário. Ele continua calma desde que chegou aqui.
— Já faz alguns anos. Foi quando eu era pequeno, tentei roubar a carteira de um cara e paguei por isso.
Solto seu pulso e giro meu corpo e saio do local, deixando o mesmo sozinho. Com uma expressão contrariada. Entro em meu quarto e vejo Victória, colocando nossas roupas em uma mala.
— Não precisa fazer isso.
Comento sentando ao lado da mala, sobre a cama. Sem me dá ouvidos ele continua pegando as mudas de roupa do closet, e po