(Ethan)
Eu observava o altar. Cada oferenda ali carregava mais do que flores ou objetos sagrados — era um pedaço da alma de quem entregava, uma prece silenciosa aos ancestrais. Alguns se ajoelhavam. Outros apenas fechavam os olhos por um segundo antes de se afastar. Alguns agradeciam. Outros suplicavam. Era um momento sagrado. Quase intocável.
Então eu a vi.
Dália.
Ela se aproximou com seu novo companheiro. Caminhava de cabeça baixa, as mãos entrelaçadas às dele. Deixaram algo no altar — algo pequeno, envolto em tecido. Ficaram por alguns minutos em silêncio, e então se afastaram para se juntar aos demais.
Eu os observei de onde estava: sentado no meu trono de madeira rústica, elevado ao centro da clareira, o símbolo da minha posição como alfa. Ao meu lado, o trono de Ella permanecia. Mesmo sem ela ali, ele estava presente — forte, marcando território, pertencimento, união.
Uma corda vermelha ligava os encostos dos dois tronos, como um laço eterno entre nós. Uma promessa silenciosa. U