~Damon~
No momento em que virei o corredor e o vi parado em cima dela, eu soube que mataria aquele garoto.
Ele já não tocava mais nela, mas o corpo ainda estava inclinado na direção dela como se tivesse algum direito.
Lyra estava prensada contra a parede, respirando rápido demais, a pele quente, as mãos fechadas ao lado do corpo e o desgraçado na frente dela tinha a audácia de sorrir, exibido, como o predadorzinho que achava que era.
Eu não gritei. Eu não rosnei.
Falei com uma calma que cortava como lâmina:
— Se afaste dela. Agora.
Ele virou a cabeça devagar, como se não tivesse acabado de ser pego tentando intimidar uma Ômega com o cheiro do cio ainda fresco no ar.
O olhar dele percorreu meu peito, meus ombros, as veias saltadas nos meus antebraços de tanta força que eu fazia para não arrancar a garganta dele ali mesmo.
E então ele riu. Alto demais.
— Ah, isso é ótimo. Você é ele, né? — Disse, me encarando com descaro. — Você é o cara que está fodendo ela. Dá pra sentir seu cheiro da