Um silêncio cortante.
Então —
— O quê? Do que você está falando?
A voz do meu pai tremia, quase incoerente.
— O que aconteceu com a minha filha?
Pela primeira vez, o verdadeiro pânico inundou os olhos deles.
— A Jennifer… a Jennifer morreu mesmo? — Sussurrou minha mãe, com a voz falha, quase inaudível.
— Ela estava mesmo sofrendo de corrosão por poeira de prata? Nós… nós a julgamos mal de verdade?
Sem dizer mais nada, meu pai se transformou em lobo e disparou, com minha mãe logo atrás, ambos correndo em direção ao cemitério.
— Chegaram tarde. — Disse o coveiro solenemente quando eles chegaram, ofegantes.
— A filha de vocês morreu há horas. Ela escolheu um túmulo para si mesma, mas não pôde pagar — não tinha moedas de prata.
— Você está mentindo! — Rugiu meu pai, deixando a dor ser engolida pela fúria.
— Você só está dizendo isso pra ajudar ela a nos enganar de novo!
Cego de raiva, agarrou o coveiro pela gola e a rasgou.
— Foi tudo o que encontramos no bolso dela. — Disse o coveiro em v