Elsa saiu correndo assim que percebeu que meus pais tinham voltado.
Ela encerrou a ligação apressadamente e correu para os braços deles, com a voz doce e suave, transbordando de falsa preocupação.
— Mamãe, papai, o que houve? Vocês devem estar bravos com a Jennifer de novo, né?
Mas antes que pudesse terminar a frase, meu pai a agarrou pelo pescoço, a voz trêmula de fúria.
— Você ainda está mentindo pra gente! Você matou a Jennifer — e ainda tem a ousadia de fingir que nada aconteceu!
Minha mãe bateu nas costas dela com os punhos cerrados, chorando de dor e raiva.
— Como pôde tratar ela assim? Nós te demos tudo! Todo o nosso amor, toda a nossa confiança — por anos!
Elsa arfou, lutando para respirar sob o aperto do meu pai. Quando ele finalmente a soltou, ela caiu no chão, tossindo e chorando com uma inocência forçada.
— F-Foi a Jennifer de novo! Ela sempre me acusava falsamente, vocês sabem disso! Ela vivia armando pra virar vocês contra mim!
— Você ainda se recusa a admitir a verdade!