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Após a Minha Morte, o Ex Beijou Meu Cadáver com Lágrimas

Após a Minha Morte, o Ex Beijou Meu Cadáver com LágrimasPT

Cuento corto · Cuentos Cortos
Lua Vermelha  Completo
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Resumen
Índice

Simplesmente porque me distraí e esqueci de trazer de volta a amante do meu companheiro, deixando-a sozinha na mata por três horas, ele ficou tomado por uma fúria incontrolável e me lançou em um poço abandonado numa área erma. — Você também deveria provar do sofrimento que Belinda passou. — Rosnou ele, com o olhar carregado de raiva. O poço era tão fundo e estreito que me vi forçada a me encolher, com a respiração ofegante. Em meio ao desespero, pedi perdão e implorei ajuda, mas só recebi a resposta gélida dele. — Arrependa-se como deve. Só assim, após sentir este castigo, vai entender o que significa ter a postura digna de uma Luna. Em seguida, ordenou que tapassem a boca do poço com uma rocha pesada, selando a passagem de luz e qualquer esperança. Em puro desespero, uivei até minha garganta secar, tentando escalar as paredes lisas do poço para encontrar uma saída, mas cada tentativa me atirava de volta ao fundo. Minhas garras deixaram marcas fundas na pedra, testemunhando minha luta incessante. Quando minha voz finalmente se calou, já não restava forças para mais nada. Quinze dias depois, ao ver o presente de aniversário que eu tinha encomendado para ele, seu coração vacilou por um instante, decidindo pôr fim à minha punição. No entanto, ele não fazia ideia de que, no fundo escuro daquele poço, o que restava do meu corpo já foi destroçado por insetos e cobras, a ponto de ser impossível reconhecer meu rosto.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Assim que viu o presente enviado pelo artesão, Conor finalmente pareceu lembrar de mim, que há dias não aparecia.

— Clara não tem aparecido estes dias para fazer confusão, não é? Será que finalmente se aquietou? — Ele comentou, franzindo a testa por um instante antes de voltar a conferir o embrulho que receberam. — Ela sempre foi muito mimada. Só passando por algum sufoco para aprender a se comportar.

Um de seus subordinados pigarreou com a voz cautelosa:

— Alfa, me desculpe, mas a Luna... Ela ainda está presa dentro daquele poço.

A mão de Conor, que segurava a pena, parou por um segundo. Em seguida, ele disfarçou a expressão e respondeu com aparente indiferença:

— Eu achei que ela tivesse finalmente aprendido a ficar quieta. Então que fique lá mais alguns dias, para tirar uma lição de tudo isso.

O subordinado hesitou, com o olhar preocupado:

— Mas, Alfa... Já faz dias que não escutamos nem um ruído. E o cheiro que vem de lá é horrível. Não gostaria de verificar a situação dela?

Conor deu de ombros, sem demonstrar interesse.

— Ela deve estar fingindo fraqueza para nos obrigar a soltá-la. Além disso, levando em conta a personalidade dela, aposto que todas as cobras venenosas do poço já foram mortas por ela e provavelmente usadas como refeição. Isso com certeza gera um mau cheiro, não é?

O subordinado quis insistir, mas foi bruscamente interrompido por Conor:

— Chega! Antes do meu baile de aniversário amanhã, vou mandar tirar ela de lá. Se ela se mostrar arrependida e implorar perdão a Belinda, estou disposto a deixá-la livre desta vez.

Conor então conferiu o relógio de bolso, ignorando por completo o olhar aflito do subordinado que ainda queria protestar. Em seguida, se levantou para receber Belinda, que vinha retornando de uma consulta com a médica.

— Doutora, como está a saúde de Belinda? — Ele perguntou, com ar preocupado.

Com um sorriso, a mulher guardou discretamente as moedas de ouro que Belinda lhe havia entregado.

Tossindo levemente, Belinda tombou de modo frágil nos braços de Conor.

— Alfa, eu já me sinto bem melhor. Não precisa carregar a culpa pelas faltas da Luna.

Conor a encarou com preocupação e comentou:

— Você é boa demais. Fique tranquila, eu castiguei Clara severamente. Ela nunca mais vai se atrever a desrespeitar você.

Enquanto os dois trocavam olhares de afeto, posicionada atrás deles, soltei um riso baixo que ninguém percebeu.

De fato, eu não poderia mais fazer nada contra Belinda. Afinal, eu já estava morta.

Após quase duas semanas de dor e sufoco dentro daquele poço, meu corpo se rendeu. Na hora da morte, eu sequer tive o privilégio de me deitar.

O espaço era tão estreito que mal conseguia sentar.

Como não bebi água por muitos dias, meu pelo caiu gradualmente, e a pele exposta ficou enrugada e encolhida. Cobras venenosas rastejavam pelo meu corpo, e vermes se espalhavam devorando minha carne em festa.

No momento em que minha alma flutuou para fora, nem ousei olhar para o poço novamente.
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Costa silva
cadê o final?
2025-06-15 07:51:22
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Capítulo 8
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