Anijah

Acordo em um sobressalto ao ouvir a porta do quarto bater. Antes que eu perceba, já estou de pé, procurando algo para me defender. Paro imediatamente ao ver uma senhora baixinha com um coque impecável me encarando com um grande sorriso no rosto e um olhar de afeto.

Abaixo a guarda, e ela se aproxima, colocando sobre a cama uma bandeja cheia de comida que me faz salivar ao sentir o cheiro de ovos mexidos. Não sabia que horas eram; Max havia deixado a bandeja sobre a mesinha, e eu comi o máximo que meu estômago suportou antes de me deitar e adormecer feito pedra. Mas aquele cheiro delicioso me faz soltar um gemido, e me arrasto até a beirada da cama, olhando para ela com desconfiança.

— Puoi mangiare, ragazza. (Pode comer, menina.) — diz em italiano. Continuo olhando-a sem entender muito, mas o gesto com a mão para que eu prossiga é claro.

Sem pensar duas vezes, pego o pão torrado na manteiga e mordo, enquanto enfio uma garfada de