Bruna sentou-se, os olhos demorando-se na mesa posta com um cuidado silencioso. Ele havia colocado duas taças de vinho branco, o aroma cítrico subindo sutil da superfície líquida, enquanto os pratos fumegavam com cores e texturas que ela mal conseguiu perceber, tamanha a tensão que ainda segurava no peito.
Jae-Hyun se sentou à frente dela, com aquela serenidade tão própria, os olhos negros buscando os dela com uma paciência que sempre a desconcertava. Não perguntava logo, não cobrava, apenas oferecia presença.
Ele serviu o vinho, e o som do líquido escorrendo pela taça pareceu preencher o espaço entre eles, como uma promessa de que a noite ainda estava aberta, disponível, vulnerável.
Bruna segurou a taça com as duas mãos, como se ela fosse uma âncora.
— Está com fome? — perguntou ele, com um sorriso discreto, quase tímido.
Ela assentiu, respirando fundo.