MARIA AMARAL
— Maria? — a voz que escuto parece distante. Desperto de um sono pesado. Olho para o lado e vejo Amaymon me encarando da porta aberta do carro. Sinto seus dedos entrelaçados aos meus. Já estou sem o cinto. Ele deve ter tirado antes de me acordar. — Chegamos.
— O que está fazendo? — questiono ainda sonolenta quando ele me pega no colo.
— O que foi? Já te peguei no colo várias vezes e você nunca reclamou.
Ele começa a andar em direção a algumas escadas que levam a uma porta imensa.
— Isso foi antes de você me odiar e... — Escondo o rosto e paro de falar quando noto pessoas. — Você disse que eu não seria vista.
— Eu disse que meus filhos quase não usam essa parte do castelo, mas terá funcionários por ai. A manutenção exige isso. Além disso, não te trouxe aqui para te esconder.
— Humm... — apenas murmuro. Achei que ele tivesse escolhido me deixar aqui para me esconder sim.
— E eu não te odeio.
— Odeia sim. Se arrepende do momento em que apareci em sua vida e trouxe um monte d