— Pai, aceito a aliança matrimonial com a alcateia Blackwood. Houve silêncio do outro lado da chamada antes que ele finalmente respondesse: — Caterina, você tem certeza? — Tenho. Não contei a ele o verdadeiro motivo. Na noite passada, uma dor dilacerante rasgou nosso vínculo de companheiros, através daquele maldito vínculo, eu vi tudo. Meu companheiro, o Alfa Rocco, estava na cabana em suas terras de caça privadas, pressionando sua paixão de infância, Scarlett, contra a parede e a beijando com um frenesi desesperado. Confrontei Scarlett diretamente na reunião da alcateia; um lampejo de triunfo brilhou em seus olhos antes que ela fingisse inocência. — Caterina, não tenho ideia do que você está falando. Nesse instante, a voz de Rocco ecoou pela conexão mental aberta, reverberando na mente de todos os presentes. — Caterina, como Luna da alcateia, você não deveria causar uma cena assim. Scarlett é apenas uma amiga. Naquele momento, meu coração morreu completamente. Ele era meu Alfa, meu marido—o homem que passei anos ajudando a ascender ao poder. Cortei a conexão mental com Rocco. A dor da desconexão forçada foi tão intensa que mal consegui me manter em pé, mas endireitei a coluna e enviei minha resposta. — Estarei em casa em duas semanas. Ir para casa e me casar com o Alfa mais poderoso da América do Norte. Dizem que ele é frio e impiedoso, insensível a qualquer loba. Perfeito. Não preciso de amor. Só preciso de um Alfa forte o suficiente para me ajudar a garantir a alcateia Lua de Prata. E quanto a Rocco? A Deusa da Lua nos deu um destino, e ele o destruiu com as próprias mãos. Agora, eu conquistarei o meu próprio destino.
Leer más— O que você quer dizer com isso? — Repeti.Brianna lançou um olhar ao redor, certificando-se de que ninguém estava ouvindo.— Cat, você realmente não sabe? — Sussurrou, usando meu antigo apelido. — Damon pergunta por você desde a época da faculdade.Meu coração começou a disparar.— Em todas as nossas reuniões de turma, ele perguntava como você estava, se já tinha encontrado seu companheiro — Continuou ela. — Jantamos juntos no mês passado e ele ainda queria saber de você.— E então, de repente, sai a notícia de que vocês vão ter uma aliança de casamento.Coloquei a xícara de chá de volta sobre a mesa, os dedos tremendo levemente.— Está dizendo que… essa aliança não é apenas política?— Caterina, você realmente acha que a alcateia Blackwood, com o status que tem, precisa de uma aliança com a alcateia da Lua Prateada? — Os olhos de Brianna brilhavam de incredulidade. — Eles são a alcateia mais poderosa da América do Norte!— Então, por quê…— Porque ele queria você. — Respond
Na tarde seguinte, Rocco estava em seu escritório, diante de uma montanha de papéis intocados sobre a mesa.Mas não conseguia se concentrar em nada.O escândalo da noite anterior no bar já havia se espalhado por toda a alcateia.O modo como todos o olhavam tinha mudado.— Alfa, as informações do voo da senhorita Clara. — Uma batida na porta, e Marcus, seu Beta, colocou um itinerário sobre a mesa.Rocco pegou o papel mecanicamente, e suas pupilas se contraíram.Destino: Território da alcateia da Lua PrateadaHorário do voo: 20hRetorno: Três dias depoisA mão dele começou a tremer levemente.— Ela… ela vai mesmo. — As palavras saíram arranhadas de sua garganta, ásperas e partidas.Ele sabia exatamente o que aquilo significava.Caterina estava realmente se tornando a Luna de outro.— Alfa… — Marcus observou a expressão dele com cautela.— Saia. — A voz de Rocco estava crua. — Quero ficar sozinho.Assim que Marcus saiu, o escritório mergulhou em um silêncio sepulcral.Rocco enca
Rocco levou Scarlett até a cobertura.A chave girou na fechadura e a porta se abriu.Scarlett correu para dentro, o som dos saltos ecoando no mármore italiano importado.— Oh, minha Deusa, Rocco! É lindo! — Ela se atirou no sofá de couro de dez mil dólares. — Finalmente vou morar aqui!A sala ainda estava mobiliada com os móveis que Caterina havia escolhido pessoalmente.Da sacada, a vista abrangia todo o horizonte da cidade.— Morar aqui? — Rocco caminhou até as janelas do chão ao teto, os dedos deslizando pelo vidro frio. O sorriso estranho em seu rosto se alargou. — Ah, Scarlett… você entendeu errado.O sorriso dela congelou.— Esta cobertura… vou dá-la de presente de casamento para Caterina e seu novo Alfa.A voz de Rocco era assustadoramente calma.— O quê? — Scarlett saltou do sofá. — Você enlouqueceu?— Estou perfeitamente são. — Ele respondeu, virando-se para encará-la. O olhar percorreu a decoração que Caterina havia arrumado com tanto cuidado. — Caterina sempre gosto
Rocco avançou em direção ao apartamento de Scarlett como um louco.Eram três da manhã quando arrombou a porta com um chute.— Rocco? — Ela acordou assustada na cama. — O que está fazendo aqui?Ele avançou, agarrando-a pelo pescoço e a prensando contra a parede.— Por que você mandou aquelas memórias para ela? — Rosnou.O medo brilhou em seus olhos, logo substituído por uma expressão de inocência ferida.— E-eu achei que vocês só estavam brigando… Quis que ela soubesse que você sempre a amou…— Amado ela? — Rocco zombou. — O que você deixou ela ver? Nós, ligados mentalmente? Eu usando ela como sua substituta?— Não foi… não foi isso que eu quis que acontecesse… — As lágrimas escorreram. — Rocco, você sabe que eu só te amo demais.Rocco afrouxou a mão, e ela deslizou até o chão.— Nós crescemos juntos. Você me prometeu que me faria a loba mais feliz do mundo. — Chorou, agarrando a perna dele. — Caterina se foi. Agora podemos finalmente ficar juntos.— Como era antes? — Ele olho
As memórias atingiram a mente de Rocco como uma onda devastadora.Ele viu as imagens de si mesmo me confortando enquanto sua mente estava intimamente entrelaçada com a de Scarlett.Viu as inúmeras noites em que segurou meu corpo em seus braços, enquanto sua mente estava com ela, sussurrando o quanto sentia sua falta.— Não… não foi assim… — O rosto de Rocco estava mortalmente pálido, suas mãos agarrando a cabeça. — Caterina, isso não significa nada…— Não significa nada? — Retruquei com desprezo. — Essas são as suas próprias memórias, Rocco. Coisas que você realmente fez.— Me devolva a pedra da lua. — Disse, estendendo a mão. — Ela pertencia à minha avó.— Caterina… — A voz dele estava embargada pelo choro. — Por favor, só mais uma chance. Eu posso mudar, eu juro!— Eu te dei seis anos de chances. — Respondi, em tom calmo. — E, em todas elas, você a escolheu.— Mas, Caterina, nós tivemos tantas boas lembranças…— Boas lembranças? — Interrompi. — Você quer dizer aquelas em que f
— Os alarmes à distância ficaram mais altos.Damon tirou uma fileira de balas cristalinas do bolso e me entregou.— Balas de flor da lua. — Disse ele, a voz suave. — Você ainda está se recuperando. Um doce vai ajudar.— Mas não coma muitas. São viciantes.Peguei o doce e coloquei um na boca. O sabor adocicado derreteu na minha língua, trazendo consigo uma estranha sensação de familiaridade.— Vamos voltar. — Disse Damon, segurando minha mão. — Não deixe pessoas sem importância estragarem seu humor.Quando retornamos à casa do bando, o capitão da patrulha estava dando relatório ao meu pai.— Alfa, encontramos um Alfa desconhecido na fronteira. Ele se recusa a sair e insiste em ver a senhora Caterina.— Sigam o protocolo. — A voz do meu pai soou fria. — Dêem um último aviso. Saia ou será morto como intruso.— Sim, senhor.Damon apertou minha mão suavemente, oferecendo apoio silencioso.Assenti para meu pai, sinalizando meu acordo com sua decisão.Na manhã seguinte, eu experim
Último capítulo