Havia algo no ar… uma tensão sutil que parecia pulsar junto com a energia da adaga que Gabriele agora segurava entre os dedos.
Ela estava ajoelhada no centro do círculo de pedras que havíamos preparado no meio da clareira. Runa por runa, Alex e Lord seguiram as instruções dela para marcar o chão com precisão. Eu me mantive ao lado da minha mãe, observando a expressão séria de Gabriele enquanto ela fechava os olhos e pousava a lâmina sobre um tecido vermelho-escuro, bordado com símbolos antigos. Símbolos que ela disse pertencerem à linguagem da Deusa.
— Tudo pronto — murmurou, quase como se falasse com as próprias runas. — Se tiverem algo a dizer antes da leitura, agora é a hora.
Olhei para Alex. Ele estava ao meu lado, com a mandíbula tensa e os braços cruzados sobre o peito. Sentia que ele já sabia que não gostaríamos do que estava por vir. Lord segurava a mão da minha mãe, o polegar acariciando os nós dos dedos dela com delicadeza. Ela parecia apreensiva, mas firme.
— Pode começar