A clareira silenciosa parecia suspensa no tempo.
Aurora, com a respiração pausada, permanecia em pé diante do altar de pedra onde a Lua havia selado sua linhagem. A cicatriz em sua têmpora, deixada pelo golpe de Agnes, agora reluzia em prata. Seu lobo interior pulsava com fúria contida e sabedoria ancestral. Ela havia sido renascida, não apenas como a Luna, mas como algo mais — como a verdadeira voz da Deusa.
As árvores ao redor tremiam com o vento da noite, e a alcateia reunida formava um círculo ao seu redor. Os olhos de todos estavam fixos nela. Damon, entre os guerreiros, parecia uma sombra do Alfa que fora. Os anciãos, silenciosos, seguravam suas bengalas com força. Era a hora do julgamento.
Aurora: Eu retornei não porque fui chamada. Mas porque fui escolhida antes mesmo que esse mundo tivesse nome. E hoje, a Lua voltou a falar comigo.
Ela ergueu a mão, e uma luz prateada brilhou entre seus dedos.
Aurora: A Luna não é só uma companheira de Alfa. Ela é a raiz. A base. O espírito v