Tudo bem, tudo bem, pensei enquanto ele parava de falar; até agora nada disso era novidade para mim.
A falta de sobrenome de Samuel sempre me pareceu uma peculiaridade estranha, mas eventualmente se tornou uma daquelas coisas que parei de notar, como o céu ser azul e o fato de haver uma entidade consciente na minha cabeça com quem eu me comunicava.
Então e se ele...?
As próximas palavras de Michael fizeram minha mente ficar em branco, e senti um arrepio gelado descer por toda minha espinha.
— Ele matou todos eles, a sangue frio.
Fiquei tensa, esquecendo por um momento onde estava enquanto as palavras penetravam.
Felizmente, consegui me recuperar a tempo antes que qualquer um dos homens percebesse, mas no silêncio mortal que se seguiu à revelação de Michael, me senti vazia.
Aquilo não podia ser verdade, podia? Os parentes de Samuel estavam todos mortos (eu nem sabia que a mãe dele estava viva), mas isso não provava nada.
Afirmar que ele os matou com as próprias mãos? Haveria uma insurre