Giovanna é uma mulher destemida, sexy, batalhadora e independente perdeu seus pais biológicos quando ainda era uma criança, depois de ser adotada com sua irmã e vários anos depois, se deparou com a mesma tragedia em sua vida, perdendo seus pais adotivos também, só que daquela vez, ela teria que fazer muitos sacríficos, para salvar a empresa de seus pais, das mãos dos acionistas gananciosos, e um dos sacrifícios, seria se casar com alguém que ela nem mesmo conhecia. Da mesma forma, Mario se viu obrigado por seu avô, a se casar com uma mulher que nem mesmo sabia quem era, pensando que tudo não passava de uma trama de ambição, os dois ficaram revoltados com aquele casamento, e depois dela pedir o divórcio, o destino faz uma reviravolta na vida dos dois, dando uma oportunidade ao amor, que nunca pôde ser nutrido por esse casal.
Leer másSicília — Itália
Naquela sala de reuniões, o clima permanecia tenso, os acionistas de um lado, olhavam para Giovanna como animais prestes a devorar sua presa e era daquela forma que eles a viam naquele momento, ela estava fragilizada pelo que tinha acontecido, e era o momento certo para que conseguissem assumir a empresa. Os pais adotivos de Giovanna, haviam acabado de falecer em um acidente de carro, acidente esse, que ela ainda achava misterioso, e tinha dúvidas se era mesmo uma fatalidade, ou algo planejado, o caixão estava lacrado, pois afirmaram que o estado dos corpos não era nada bom e não deveria ser aberto. — Os senhores estão agindo de má-fé nesse momento, meus pais acabaram de morrer, e vocês nem ao menos querem esperar a leitura do testamento? — questionou irritada, mas tentava controlar suas emoções — Sei que por enquanto, eu e minha irmã não temos a maioria das ações, mas isso pode ser revertido, assim que meu advogado resolver tudo. — Não se trata de má-fé senhorita, estamos pensando na empresa, todos nós sentimos muito pelo que aconteceu, mas quanto mais esperarmos, mas a empresa pode perder, como você mesmo disse, suas ações não são maiores que as nossas, nós podemos assumir, e garantir que a empresa continue dando lucro, sabe que esse ramo de negócio, pode ser um pouco traiçoeiro — um dos sócios se empós. Giovanna era filha adotiva de Marisa e Giuseppi Rossi, eles eram os donos de uma empresa no ramo de joias, com especialidades em pedras preciosas, a empresa tinha vários acionistas, e eram os donos dessas ações que estavam causando dor de cabeça para ela. Ela olhava várias vezes para o relógio, seu advogado garantiu que já estava a caminho, mas estava demorando muito, se não chegasse logo, eles começariam a votação e elegeriam outro CEO para a empresa, baseando-se na quantidade de ações de cada um. Diante de toda aquela pressão e o pedido para que começasse a votação, eles já estavam prestes a começar, porém, a reunião foi interrompida, pela chegada de seu advogado. Giovanna ficou mais aliviada ao vê-lo, apesar de não saber ao certo o que tinha naquele testamento, mas sabia que era da vontade de seus pais adotivos, que ela continuasse administrando a empresa, como eles mesmo já haviam falado para ela. — Bom dia a todos e me desculpe o atraso, mas tive alguns pequenos transtornos para chegar até aqui hoje — explicou e se sentou próximo à herdeira. O advogado fez um sinal para a secretária que estava na reunião, para que o ajudasse a distribuir algumas cópias daquele testamento. — Como podem ver, diante de vocês, está uma cópia do testamento do Senhor Giuseppi e Marisa Rossi, no qual, tinham a intenção de deixar a parte majoritária dessas ações, a filha Giovanna Rossi — ele fez uma pausa e olhou para baixo. Diante daquela hesitação, Giovanna notou que teria algo mais, imaginou que havia algum termo ou condição, para que herdasse a empresa. — Mas também existe uma cláusula, para que tudo isso seja possível. — E o que é? — ela perguntou, esperando o pior. — Para herdar a empresa, a senhorita terá que se casar imediatamente com Mario Esposito, e então as ações de seus pais passarão para você. — Eu concordo — falou de imediato. Giovanna tinha vinte dois anos, e estava cursando a faculdade de psicologia, achava que sua vida estava apenas começando, para ter que carregar o fardo de um casamento arranjado por seus pais, ela não sabia quem era aquele homem, mas já tinha ouvido o sobrenome em algum momento, entre as conversas de seus pais. Ela não queria ver a empresa que seus pais trabalharam tanto para construir, ficar nas mãos de oportunistas como aqueles acionistas na sua frente, e estava disposta a fazer aquele sacrifício, era uma forma que ela encontrou de agradecer tudo que aquela família fez por ela e sua irmã, principalmente o fato de ter adotado as duas. Mediante a confirmação que se casaria, o advogado informou, que assim que a união fosse oficializada, todos receberiam os devidos relatórios. Alguns não conseguiram disfarçar o seu descontentamento com o que estava acontecendo, mas teriam que aguardar, já que aquele testamento era válido, e após todos saírem daquela sala, foi a vez dela falar o que queria.— Por que meus pais fizeram isso comigo? — questionou ainda transtornada.
— Sei que pode estar pensando que foi uma maldade ou algo desse modelo, mas posso assegurar que não foi nada nesse sentido, eles queriam que ficasse segura, pois sabiam quem eram os sócios que tinham e que eles tentariam te destruir. — Posso até aceitar me casar com ele, mas não estou disposta a ficar minha vida toda em um casamento sem amor, ficando juntos somente por conveniência, ele ao menos está aceitando de bom grado esse acordo? — Sim, ele está ciente e concorda. (...) — Não, eu não vou me casar com uma mulher que nem conheço vovô — foi a reação de Mário ao saber.— Eu não perguntei se você quer se casar, eu mandei você se casar ou sabe o que posso fazer caso me desobedeça, posso não ser mais o atual padrinho na organização, mas ainda posso te matar por desobediência.
— O senhor teria coragem de mandar fazer isso? — o questionou incrédulo. Joseph arqueou a sobrancelha, indicando que estava falando sério para ele, que andou de um lado para o outro se sentindo indignado.— Por quê? Só me diz por que aceitou esse acordo vovô? Oh mio Dio!.
— O pai da moça salvou minha vida uma vez e eu tinha uma dívida de gratidão. — E eu tenho que pagar por ela? Seu avô bateu na mesa irritado, e se levantou falando alto com ele daquela vez. — Não me tire do sério Mario, eu dei minha palavra e de toda forma você teria que se casar, então isso já está decidido e pronto. Mario saiu irritado daquele escritório, não queria aceitar que seu avô tivesse decidido seu futuro daquela forma, ele ainda se sentia novo para se amarrar daquele jeito, era o atual padrinho da organização, que antes era chefiada por seu avô, mas também era professor de psicologia em uma universidade, aquilo era o mínimo de normalidade que ele conseguia, tinha muitas coisas para lidar e fazer, não tinha tempo para um casamento e muito menos uma esposa.Mais uma vez, Mário estava andando de um lado para o outro naquela recepção, mas daquela vez era pela ansiedade de ver sua mulher e seu filho. Enquanto esperava, Bianca e Olivia chegaram ao hospital e também estavam apreensivas. — Senhor Mário Esposito? — pergunta uma enfermeira, olhando de um lado para o outro. — Sim, sou eu — respondeu ansioso. — Gostaria de assistir ao parto? Ele já está quase nascendo. Aquela pergunta fez Mário gelar um pouco, justo ele que era acostumado a matar pessoas e não tinha medo de ninguém, naquele momento estava se sentindo completamente inseguro e realmente com medo. — É…, sim, quero sim. — Me acompanhe por favor. Ele seguiu a enfermeira que o levou a uma sala para se vestir, ele esterilizou suas mãos antes de entrar na sala de parto, onde pôde ver Giovanna se contorcendo de dor e sentiu seu coração acelerando ainda mais. Mário se aproximou de Giovanna e segurou sua mão, ela apertou sua mão com força, enquanto fazia força diante das contraç
Alguns dias se passaram até que Giovanna recebesse alta, os sangramentos haviam parado e ela estava se recuperando, mas as ordens eram claras, ela ainda precisava de repouso, pois se a placenta descolasse novamente, poderia ser difícil segurar o bebê e ele ainda estava muito novo para nascer. Ela voltou para casa e os cuidados foram redobrados, ela ficava mais deitada e no andar superior, para evitar descer e subir as escadas, até suas refeições estavam sendo feitas no quarto. Uma semana depois de sua alta, ela voltou ao hospital para ver como estava o bebê, ela não teve mais sangramentos e tudo indicava que o bebê esperaria até a hora certa para sair. — Tem certeza de que quer ir à formatura? — perguntou preocupado. — Eu estou bem, nós estamos bem — alisou a barriga que já estava aparecendo um pouco mais. — Mas você terá que se manter sentada o tempo todo, apenas vai pegar o diploma e vamos voltar, sei que isso é importante para você, mas não quero que se arrisque tanto. — Prome
Mário se aproximou rapidamente de Giovanna e a pegou no colo, levando-a para o carro, ele ordenou que fossem imediatamente para o hospital, Giovanna chorava e segurava sua barriga com medo de que estivesse perdendo seu bebê, ela estava com dores e Mário tentou acalmá-la. — Se acalme, vai ficar tudo bem. — Eu não posso perder nosso bebê, Mário, não posso. Giovanna ainda estava no colo de Mário, ela segurou forte em sua camisa e se aconchegou em seu peito, enquanto Mário a abraçou forte e beijou sua cabeça. — Você é uma mulher forte, já passou por muitas coisas, Giovanna e sobreviveu a todas elas, essa não será diferente, você vai passar por essa também, nós dois vamos passar juntos e tenho certeza de que nosso filho vai nascer saudável e forte, como a mãe dele. Ele manteve Giovanna próximo ao seu corpo, até chegarem ao hospital, sua calça estava cheia de sangue que ela perdeu naquele trajeto, ele entrou rápido e pediu uma maca, informando sobre a gestação de Giovanna, levada de im
Mário ouviu atentamente o que Max tinha a dizer, ele explicou a quantia em dinheiro que ele queria e onde Mário deveria entregar, além de outras exigências. Como não tinha outra opção naquele momento, Mário concordou, pediu cerca de duas horas para levantar o dinheiro que ele havia pedido e Max concordou. Após voltar e resolver tudo, Mário conversou com seu chefe de segurança e pensou em algo para tentar pegar Max de surpresa. — Quero que envie homens que verifiquem o perímetro, se eles se infiltrarem como sendo os homens dele, podemos ter uma vantagem, preciso dos melhores que tivermos, o restante chegará comigo. — Irei providenciar isso agora. Assim como Mário pediu, o chefe da segurança fez, reuniu três dos melhores homens que tinha e os enviou na frente, os deixando cerca de um quilômetro antes do local do encontro, assim eles conseguiriam chegar mais quietos. Mário já estava com o plano B em mente, pois se seus homens não conseguissem ficar onde ele queria, o plano A não dar
Pouco tempo depois, Mário já estava no hotel, Olivia pôde ver a aflição e desespero nos olhos dele, além da raiva em demasia, começando a ligar e dar ordens. — Quero as imagens da câmera de segurança desse quarto e quero para ontem — gritou com o chefe da segurança, que saiu correndo do local. — Mário, se acalme, vamos encontrá-la — tentou acalmar o marido de sua amiga. — A culpa é minha, Olívia, eu não deveria ter deixado ela aqui sem segurança, eu imaginei que com tantas pessoas em volta dela, não precisaria de segurança aqui no quarto, se algo acontecer, não vou me perdoar. Olivia olhou com certo pesar para ele, em seguida olhou para Bianca que também já estava no quarto, sentada e aflita. Ele andava de um lado para o outro, olhou para o vestido na cama e seu coração acelerava. Seu telefone tocou e Mário atendeu rápido, sabia que era seu segurança e precisava saber se havia alguma novidade. — Senhor, poderia vir à sala de segurança do hotel? Já temos as imagens. Mário não ex
Giovanna ainda se divertiu mais um pouco com suas amigas, até se sentir cansada, com as pernas inchadas e achou melhor voltar para casa. — Olivia, obrigada pela festa, gostei muito de tudo, mas vou deixar vocês se divertindo sozinhas, estou cansada e acho melhor ir embora — olhou para sua irmã ao lado — Obrigada também Bianca. Você vai voltar comigo? — Não. Quero aproveitar um pouco mais a festa, não é todo dia que se tem homens lindos e musculosos a nossa disposição — as três sorriram e Olivia acrescentou. — Vi que um deles olhou bastante para mim essa noite, quem sabe não fazemos mais coisas, posso ser bem generosa. Giovanna balançou a cabeça e a abraçou se despedindo, fez o mesmo com sua irmã e saiu pela porta, ela já havia avisado Mário que queria ir embora e provavelmente ele estava esperando por ela. Giovanna seguiu pelo corredor e viu que um casal vinha em sua direção, ela apenas olhou para o celular para confirmar se Mário a tinha respondido, quando o homem se chocou com e
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