Cássia seguia sua rotina extenuante. Todos os dias, saía cedo para vender suas mercadorias na praia. Ficava algumas horas sob o sol escaldante, depois voltava correndo para casa para verificar se Natan estava bem, e de lá seguia direto para a pousada. Era um ciclo vicioso de trabalho e preocupação que a deixava exausta. Ignorando os sinais e sintomas que seu corpo enviava há semanas, palidez, indisposição constante e a má alimentação, Cássia continuava a lutar.
Até que, em um feriado, sob um sol escaldante de 40 graus, seu corpo não aguentou mais. Cássia desmaiou no meio da areia. Foi socorrida por colegas e precisou ir embora da praia. Um colega de trabalho, preocupado, a levou para casa. Ela estava pálida, com o rosto marcado pelo cansaço e pela fraqueza. Chegou mais cedo do que o esperado, mal conseguindo carregar o cooler e o isopor.
Natan, que estava jogando videogame na sala, olhou assustado ao vê-la naquele estado. O colega a ajudou a entrar. Cássia deitou-se no sofá, perto de