CAPÍTULO 38 — RETALIAÇÃO E MALDIÇÃO
A madrugada caiu como um manto pesado sobre o morro. O cheiro de pólvora ainda impregnava as paredes e a poeira dos becos subia devagar, encobrindo as marcas da batalha. RB, mesmo com o ombro latejando, não podia se dar ao luxo de descansar. A morte do comandante inimigo tinha deixado o território rival vulnerável, e ele sabia que qualquer hesitação custaria vidas.
Lavínia o observava do canto da sala, braços cruzados, olhos fixos no seu rosto marcado pelo sangue e pela fumaça. O silêncio entre eles era carregado de tensão. Ela sentia o coração apertado, não só pelo perigo que ainda rondava, mas por uma intuição escura, algo que ia além da guerra física.
— Vamos lá — disse RB, finalmente se levantando. A dor pulsava, mas ele ignorava. — Hoje eles vão entender que ninguém brinca com o nosso morro.
Os aliados começaram a se organizar. Cada soldado carregava um kit de munição extra, coletes e fuzis recarregados. RB dividiu as equipes em grupos men