CAPÍTULO 25
RB NARRANDO
Ela apagou. Literalmente. Assim que a gente terminou, Lavínia desabou no sono pesado, corpo mole, respiração lenta. Fiquei ali um tempo só olhando pra ela, os cabelos espalhados no travesseiro, o rosto ainda corado, os lábios entreabertos. Linda. Tão linda que doía.
Desviei o olhar pro lençol e vi as manchas de sangue. Meu coração travou por uns segundos. Era verdade. Ela era minha. Eu fui o primeiro. O sangue ali era prova de tudo. Me aproximei devagar, levantei o lençol e vi também sua intimidade inchada, sensível, marcada pelo nosso momento. Peguei uma toalha, molhei com água morna e fui limpando com todo o cuidado do mundo, como se ela fosse feita de vidro. Vi resquícios de sangue e gozo, limpei tudo com calma, tentando não acordá-la.
Passei a pomada que Dona Joana tinha recomendado e ajeitei uma calcinha nela. Depois, puxei outro lençol limpo e cobri seu corpo. Fiquei ali, sentado ao lado, observando. Lavínia tinha uma pureza que não se comprava. A forma c