CAPÍTULO 26
LAVÍNIA NARRANDO
Acordei com o som de pássaros cantando e o cheiro do RB no lençol. Abri os olhos devagar, ainda sentindo a ardência discreta da noite passada. Foi forte. Foi real. Meu corpo ainda guardava os vestígios dele, e meu coração, bom... esse já era todo dele.
Levantei e fui até a varanda do nosso quarto em Florença. A paisagem parecia saída de um filme: o sol banhava os telhados vermelhos, a cidade antiga exalava arte e romance. RB estava encostado na grade, camisa social aberta no peito, café numa mão e cigarro na outra. O homem era um pecado ambulante.
— Bom dia, minha mulher — ele falou, me puxando pela cintura.
Sorri, ainda meio zonza de tudo.
— Dormiu bem?
— Depois da surra de prazer que levei? Dormi feito pedra.
Ele riu, beijou minha testa e me entregou uma xícara de café.
— Se arruma, hoje a gente vai bater perna. Temos que comprar umas coisas pra casa nova. E eu quero te mostrar essa cidade como ela merece ser vista.
Saímos de mãos dadas pelas r