Eu podia ver sinceridade em seu olhar, por isso me vi falando o que realmente estava em meu íntimo e eu não conseguia falar para Lourdes e nem em voz alta.
— Sinto o meu emocional cansado. Penso em coisas... Que não são boas! — Inicio sem conseguir olhar na cara da Luiza.
— Diga-me o que te aflige, quais coisas são?
— Penso muita coisa negativa sobre mim, mas o pior de tudo é acreditar que eu não devia estar aqui, me culpo pela morte de Mainha, em não ter notado os sintomas antes, às vezes tenho a sensação que estou me “afogando em culpa”. Penso na morte, às vezes desejo a minha morte.
— Você já tentou... — Ela deixa as suas palavras suspensas.
— NÃO! — Exclamei alto. — Eu não posso pensar em fazer essas coisas, meu Levi precisa de mim.
— Continue. — Ela me incentivou e eu suspiro sentindo um peso no peito.
— Tenho medo de falhar com meu irmão. — A encaro sem poder conter as lágrimas. — Eu não posso me dar ao luxo de errar, mesmo estando com medo. E acredite, estou morrendo de