— Prometa, Lourdes, não quero ver você sair daqui algemada por encher a cara da professora de socos. — Ela suspirou zangada e cruzou os braços. — Meu Deus, Lourdes, você ia dar socos na professora? — Ela riu e cruzou suas longas pernas também. Me fitou voltando a ficar séria.

— Bea, às vezes fico pedindo a Deus que meu bebê nasça como o Felipe. Tenho medo...

— Medo das discriminações e preconceitos que ela sofrerá, por causa da cor da pele. — Lourdes negou.

— Disso eu tenho ódio.

— Então por quê tem medo?

— Tenho medo do que farei, contra as pessoas que ousarem machucar meu bebê. Temo pela pessoa, de como ela ficará depois que eu acabar com ela. Eu não pensei em apenas dar socos naquela mulher, quis muito fazer daquela professora um exemplo, o corpo dela ficaria molinho do que faria com ela, e você sabe que sou capaz disso. Mas, me contive, ou sairia presa. Não posso ir para a cadeia grávida. — Sorriu com suas palavras, mas parei de sorrir ao ver a seriedade em sua fisionomia.

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