Era um pouco mais da 08h30 quando chegamos em casa. Recebi uma vídeo-chamada do Edward e fiz o possível para não deixar transparecer o quanto me chateava essa situação com a professora Letícia,e também, não queria tirar o foco dele do julgamento. Mas ele consegue me ler muito bem, então insistiu e eu acabei contando o motivo da minha preocupação. Contudo, deixei de fora sobre ela ter falado que o cabelo do meu irmão fedia.
Só em lembrar, isso me dói.
Ele pediu o número do processo e pediu que eu não me preocupasse. Conversamos por meia hora, até ele precisar desligar. Agora estou aqui, tentando não pensar nas palavras horríveis da professora, mas meu coração pulsa de tristeza e raiva.
Suspirei pesadamente olhando para Lourdes que parecia tão furiosa quanto eu.
— Como será que está o julgamento? — Perguntei a ela, que estava deitada no tapete da sala de estar, usando fones de ouvido com seu celular na mão direita, e a mão esquerda embaixo da nuca. A música em seus fones estava altí