Maicon é um homem alto, bem-apessoado, provavelmente já chamou muito a atenção das mulheres. Mas agora? A sensação que tenho é que estou olhando alguém totalmente diferente.
Sua aparência está deprimente.
Concluir assim que ele se aproximou da mesa com seus ombros curvados, me fitou com seus olhos, castanho escuro desconfiados e eu pude constatar o quão sem esperança ele estava.
Será que ele não tem dormido? Questionei-me ao observar as olheiras escuras abaixo de seus olhos. Havia machucados mal curados em sua face. Sua sobrancelha direita possuía pontos mal feitos, sua boca partida e seu nariz vermelho.
Maicon sentou em sua cadeira e o agente penitenciário fez menção de algemar as suas mãos em um suporte em cima da mesa.
— Não precisa! — Intervir me levantando do meu assento. — Maicon me olhou, surpreso.
— É protocolo, doutor. — O agente respondeu rispidamente.
— Supõe que ele fugirá? — Perguntei incrédulo. — Li os termos e não consta nada sobre isso. Se desejar, pode ficar pr