— Sei que a lei falhou com você…
— É nessa lei que o senhor acredita? — Indagou me interrompendo. — Que não se importa com nada e nem ninguém?
— Não! Acredito na lei que trabalha com a verdade e principalmente, não tolera injustiças.
— Então o senhor está no país errado.
Não é difícil notar quando alguém está totalmente sem esperança e perspectiva nenhuma. A raiva era evidente em suas feições.
— O problema não é o país, são as pessoas que vivem no país. — Digo entrelaçando minhas mãos em cima da mesa e ele tornou a me encarar surpreso.
— Sei disso! Infelizmente, nós formamos esse país corrupto. Fui o bote expiatório e ninguém acreditou em mim, exceto meus pais. Aprendi muito cedo, senhor Edward que o mal não é uma experiência cultural como muitos acreditam, ele é humano, puramente humano.
— Sim, ele é! — Afirmei. — Achar meios de ferir o outro é uma especialidade humana, não podemos nos esquecer disso.
— Então, para quê lutar se não tem como a verdade prevalecer no meio de tantas