Marla permaneceu alguns segundos em silêncio, fixando o olhar na porta por onde o detetive havia saído. Em seguida, virou-se lentamente para Adric, como se pesasse cada palavra que ia pronunciar.
— Agora… — a voz dela soou baixa, mas firme — após tudo o que o detetive descobriu… até mesmo eu estou preocupada. — Ela cruzou os braços, o cenho levemente franzido, e seus olhos refletiam uma mistura de ansiedade e determinação.
— Tenho plena certeza, Adric, de que você tem razão em estar inquieto com o que pode ocorrer quando ela retornar.
— Marla respirou fundo, como se estivesse reunindo coragem para as próximas palavras.
— A verdade é que… ela não agiu por impulso— pensou em tudo, planejou cada detalhe com uma precisão que beira a frieza.
— E apagou todos os rastros dela, isso é assustador, especialmente porque dá a impressão de que essa é uma jogada dela, um movimento calculado em um jogo onde as regras não param de mudar.
— Adric, reflita, essa não é a Elara que conhecemos.
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