“Cauã”
O telefone do Juan não para de tocar. Ele se levanta e vai para um canto da sala atender. Eu continuo sentado vendo a vendedora chorar e se lamentar.
— Como é o nome da senhorita mesmo?
Ela dá uma trégua para as lágrimas e me responde com a voz embargada.
— É Maria Cecília, seu delegado.
Observo a moça. É lamentável que ela tenha se deixado envolver pela Kim Na-Ri por conta de sua ambição. Ambição até justa, diga-se de passagem. No entanto, ela prejudicou uma pessoa, foi partícipe em um crime, mesmo que em menor grau e eu, como delegado de polícia, não posso fazer vista grossa para isso.
— Dona Maria Cecília, a situação é a seguinte: a senhorita está agora sob custódia policial. Será conduzida para a delegacia de polícia com a Kim Na-Ri, que embora seja estrangeira, está em território brasileiro e deverá pagar pelo crime que cometeu.
Pronto, a mulher se desespera e começa a chorar mais ainda. Olho para o Juan que se aproxima assistindo a cena com o olhar penalizado pela situaçã