CAPÍTULO 23

Park vem comigo até minha cabine. Caminhamos lentamente e de mãos dadas por todo o percurso. Trocamos algumas palavras, mas não muito. Ainda estamos meio que sem fôlego da nossa aventura no salão de jogos.

Ao chegar diante da minha porta ele me abraça e beija o topo da minha cabeça. Fica de mãos dadas comigo me olhando nos olhos. Seus olhos brilham, suas bochechas estão rosadas e ele está todo descabelado. Não consigo segurar o riso.

— Que foi? — Park pergunta de um jeito expressivo e ajeitando os óculos sobre o rosto.

Eu fico na ponta dos pés e chego pertinho dele.

— Posso beijar o capitão?

Ele franze as sobrancelhas pretas e fica emburrado para mim.

— Você estará na infração se não me beijar.

Ele se curva e me beija longamente, me abraçando forte e me erguendo do chão.

— Eu preciso ir. — Ele faz um muxoxo.

— Mas hoje não é a sua folga? — Devolvo.

Park olha o relógio.

— Vão dar 15 horas. Eu preciso organizar tudo para a Festa do Branco. É a festa mais importante do cruzeiro.

Seguro m
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