Park vem comigo até minha cabine. Caminhamos lentamente e de mãos dadas por todo o percurso. Trocamos algumas palavras, mas não muito. Ainda estamos meio que sem fôlego da nossa aventura no salão de jogos.
Ao chegar diante da minha porta ele me abraça e beija o topo da minha cabeça. Fica de mãos dadas comigo me olhando nos olhos. Seus olhos brilham, suas bochechas estão rosadas e ele está todo descabelado. Não consigo segurar o riso.
— Que foi? — Park pergunta de um jeito expressivo e ajeitando os óculos sobre o rosto.
Eu fico na ponta dos pés e chego pertinho dele.
— Posso beijar o capitão?
Ele franze as sobrancelhas pretas e fica emburrado para mim.
— Você estará na infração se não me beijar.
Ele se curva e me beija longamente, me abraçando forte e me erguendo do chão.
— Eu preciso ir. — Ele faz um muxoxo.
— Mas hoje não é a sua folga? — Devolvo.
Park olha o relógio.
— Vão dar 15 horas. Eu preciso organizar tudo para a Festa do Branco. É a festa mais importante do cruzeiro.
Seguro m