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CAPÍTULO 4 NATÁLIA

No dia seguinte acordei às pressas. Hoje é o grande dia da festa da empresa e lógico, Alfredo jogou tudo sobre os meus ombros, não terei nem tempo de me coçar, tudo por enquanto está na mais perfeita ordem, do jeito que ele gosta. Organizo a sua agenda, documentos e contratos que precisam ser assinados. São tantas coisas que tenho que organizar, respiro fundo.

Quando me dou conta, Alfredo sai do elevador, e eu me assusto.

— Bom dia! Te assustei? — Alfredo pergunta.

— Bom dia! Sim, Não. — Falo toda atrapalhada.

— Traga o meu café, por favor. — Alfredo me pede entra no seu escritório.

— Esse homem é movido a café, só pode! — Bufo.

Vou até o seu escritório levar o seu café e quando entro, percebo um chupão no seu pescoço, fixo o olhar na mancha.

— Está tudo bem Natália? — Alfredo pergunta preocupado.

— Sim, está! — Quase não sai as palavras da minha boca e deixo o seu café e saio!

Só eu sei como fico quando vejo esse tipo de situação, minhas esperanças se perdem, ligo para organização da festa, eles dizem que já está quase tudo pronto e me enviam as fotos. Ficou lindo o salão de festas.

Levo alguns documentos e contratos para ele assinar. O dia se passa rápido, tudo está muito corrido! Não tive tempo nem de ir almoçar,

Olho no relógio e vejo que já está quase na hora de ir para casa, só em pensar que ainda tenho que me fazer presente nessa festa dá-me um nervoso. Termino o meu expediente e vou novamente até o escritório Alfredo.

— Você ainda vai precisar de mim? — Pergunto tentando disfarçar o quanto estou cansada.

— Está liberada. — Alfredo fala e mal olha para mim.

— Já vou indo então.

Sigo sozinha para casa e mais cedo, pois tenho que chegar no evento antes de todos, para ver se está tudo ok! Ao chegar tomo um banho rapidamente, faço uma make básica não consigo nem me arrumar direito pois já tenho que ir, o pessoal da organização está me ligando.

Pego a minha bolsa e o primeiro táxi que aparece na minha frente eu entro! Quando chego no salão de festas sou comunicada que faltaram umas bebidas, fico a resolver esse problema, ajustando uma coisa aqui e outra ali, organizo os últimos detalhes, quando noto Alfredo observando-me de longe.

— Ficou linda a decoração Natália! — Alfredo me elogia e eu fico nas nuvens.

— Sim, essa equipe é maravilhosa. — Falo.

Fico admirando o quanto esse homem é lindo, a imaginação vai a mil e volto para terra após um rapaz da organização vir falar comigo.

— Oi! Dona Natália, está tudo perfeito, já terminamos.

— Muito obrigada! — Falo.

Em alguns minutos os convidados começam a chegar e nesse meio, chega outro homem lindo, James, amigo e sócio de Alfredo, eu fico numa mesa num canto mais reservado com uns amigos, mas de olho neles.

— Está bom de disfarçar os seus olhares para Alfredo! — Meline fala segurando o meu queixo.

— Não pode mais nem olhar, Meline. — Falo triste.

— Lógico que pode, eu apenas percebi que hoje você não tá disfarçando.

— Ninguém vai perceber mesmo, para Alfredo sou apenas uma secretaria. — Falo e o desânimo me murcha.

Passei a noite assim, só de longe e a festa foi um sucesso, todos beberam, dançaram, curtiram bastante e eu fiquei só na companhia do meu amigo Zain que é o porteiro da Af. Então decido que já é hora de me retirar, consigo um táxi e volto para casa, quando chego me olho no espelho com minha autoestima falida, assim que lembro do chupão que estava no pescoço de Alfredo, a noite dele deve ter sido prazerosa e eu aqui sem sexo há anos, já tentei uma vez ficar com um rapaz mais não rolou nada, é melhor ir dormir retiro a minha roupa e visto um pijama me deito na cama pra ver se essa dor de cotovelo passa.

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