CAPÍTULO 5 ALFREDO

A festa da empresa foi um sucesso, mas quem queria se dar bem era James para cima logo de quem? Meline, a mulher mais difícil e respeitada da empresa. Vim para casa, para o meu silêncio, bebo o meu whisky, tiro o meu terno, fico só de cueca e o sono começa-me vencer, deito na minha cama super macia e durmo.

De manhã já me acordo naquele pique, vou treinar e lembro que tenho que passar na empresa para falar com James, e assim fiz. Vivi já prepara a minha refeição na cozinha, tomo um banho, me visto e desço! Tomo café da manhã reforçado e em seguida vou à empresa, quando chego observo a mesma pessoa de sempre Natália, que como sempre não me desaponta.

Sigo o dia todo trabalhando, participei de duas reuniões longas que não tive tempo nem de almoçar e lá vem Natália nos trazendo o seu café maravilhoso, ela nos serve e tomamos enquanto terminamos de debater como e quando será mais uma inauguração de mais um hotel, tenho outros empreendimentos, não trabalho só com rede de “shoppings”, fundada por meu pai, quero expandir mais e mais os meus hotéis, já tenho um aqui onde é classificado o maior da cidade, que concorro com Luís, que adora roubar as mulheres que já foram minhas.

Quando saio da reunião dispenso Natália e vou ao encontro de James que está obcecado por Meline e a noite dele foi como eu imaginei um fiasco! Lógico que ela não ia ser mais uma nas mãos dele, o que me deixou de cabelo em pé foi ele insinuar que Natália está de olho em mim, mas não pode ser, eu nunca vi nada! Será mesmo que Natália... Chego em casa, desço do carro com a cabeça fervendo, tive um dia pesado.

— Boa noite! Sr. Alfredo, que horas posso servir o jantar?

— Vivi está dispensada por hoje, quero ficar sozinho.

— Sim, senhor. — Vivi se retira.

Subo as escadas, tiro o meu terno, visto uma roupa leve de treinar e vou correr pelo condomínio, preciso tirar essa tensão de meus ombros e quando retorno para casa, tento lembrar de alguma imagem de Natália se insinuando para mim, mais não tem ela foi a única mulher que não se ofereceu de bandeja a mim, não sei porque estou pensando tanto nisso.

Mas irei convidá-la para ir jantar e ver se o que James fala é verdade, se Natália for interessada em mim, ela vai falar mulheres são movidas a emoções.

Quando retorno Vivi já não está mais, subo para o meu quarto, encho a banheira de água morna e preparo o meu banho, tiro a roupa e entro na água e fico relaxando pensando em tanta coisa, fecho os olhos e ao terminar o meu banho desço até a sala de jantar e sirvo-me a comida, fico acomodado na sala de estar essa sensação de solidão está-me a tirar o meu sossego, vou para o quarto esse silêncio que eu sempre amei, hoje deixa-me entediado, vou trabalhar um pouco no meu computador e nada de sono, fico a trabalhar até tarde.

Na manhã seguinte faço a mesma rotina de sempre e vou bem cedo para empresa, chego antes mesmo de Natália e vou até a sua mesa e observo uma fotografia abaixo de um livro e quando puxo vejo ser minha, a coloco no mesmo lugar e sigo para o meu escritório, sento na minha cadeira e fico de boca aberta pensando como é a sensação de você amar alguém em segredo, pois eu mesmo nunca amei ninguém, não faço a mínima ideia de como é nutrir um sentimento assim e fico a olhar os arranhas céus através da janela do meu escritório.

A porta do meu escritório se abre de uma vez, é Natália entrando.

— Aí que susto, perdão Alfredo por invadir a sua sala sem bater, eu não sabia que já estava aqui.

A observo e Natália olhar as horas no seu relógio! 

— Não está atrasada eu que cheguei cedo. — Falo e a encaro.

— Algum problema Alfredo? — Natália pergunta.

— Não nenhum, por favor traga um café para mim. — Peço.

Natália sai da minha sala envergonhada, demora alguns minutos ela volta com o seu café maravilhoso! E agora percebo que ela sempre desvia os seus olhos dos meus! Será que James está certo! Até aquele canalha percebeu algo e eu não.

— Precisa de algo mais? — Natália pergunta.

— Não, pode ir. — Falo.

Natália se vai e tento-me concentrar no trabalho, tomo alguns goles de café e quando se aproxima o horário de almoço ela vem até a mim e avisa que está saindo para almoçar e logo em seguida vou também, pois nem me alimentei pela manhã!

Quando retorno do almoço, Natália me acompanha.

— Boa tarde, Alfredo a sala de reuniões está pronta, tem uma videoconferência daqui a vinte minutos com o senhor Willy.

— Tudo bem! — Falo.

E percebo que hoje é dia de muita chuva por aqui! Sigo para a sala e Natália me acompanha com a sua agenda e a faz algumas anotações que eu mando.

— A nossa reunião foi um sucesso, Willy quero agradecer pela sua parceria com a Af! — Falo feliz da vida.

— Eu que agradeço Alfredo! Quero elogiar a sua secretária Natália, uma mulher espetacular me recepcionou muito bem, parabéns...

Fechei a cara quando vi que Natália ficou toda sorridente para o Willy, era só o que me faltava ele paquerar a minha secretária na minha frente.

— Até logo Willy! — Sai da sala de videoconferência e fui para o meu escritório.

Pelo que vejo irá cair uma tempestade e vejo que já começou a chover e Natália continua aqui e lhe ofereci uma carona.

— Quer uma carona Natália?

— Não lhe quero incomodar! — Natália fala sem olhar para mim.

— Não é nenhum incômodo e já tá chovendo, aliás, uma tempestade, vamos?

— Sim, eu aceito! — Natália emfim aceitou a minha carona. 

Abro a porta do carro para ela, que entra eu entro, em seguida colocamos o cinto de segurança e durante o caminho faço perguntas.

— Você vem e volta de ônibus? — Pergunto.

— Sim. — Natália fala sempre sem olhar para mim.

Natália me diz onde é o seu endereço e sigo para lá! Ao chegar Natália antes de descer ela me agradece.

— Obrigada pela carona, Alfredo.

Espero Natália entrar na sua casa, vejo ser uma rua comum onde ela mora, e vou para casa o mais rápido possível, antes que a tempestade aumente, amanhã irei investir mais pesado nela, vou convidá-la para jantar e vou ver no que vai dar!

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