45. A chave que me tirou da prisão.
Egohen
Meu pai me espera sentado no seu trono, imponente, mãos cruzadas sobre o peito, expressão de pedra.
— Então decidiu correr para o monstro? — zomba.
— Vim porque quero respostas. Porque não acredito no que dizem sobre Connor — encaro-o com o queixo erguido.
— Pois a única verdade é que ele não é mais filho meu — diz com frieza. E com um gesto displicente, ordena — Tranque-a no quarto de hóspedes. Vou mandar Maximus vir buscá-la ao amanhecer. Você pertence a ele. Não tem que estar aqui, ainda mais sozinha.
— Eu não pertenço a ninguém! — berro, mas os soldados já me arrastam.
Jogam-me no meu antigo quarto, as janelas estão lacradas, iluminado somente por uma lamparina acesa na penteadeira que um dia guardou meus pertences. Meu coração aperta, mas não cedo. Ele não me controla mais. Nem ele. Muito menos Maximus.
Um tempo se passa, perdida em meus pensamentos, não sei se foram minutos ou horas. Escuto meu nome.
A porta se abre.
— Egohen… encontrei você. — Ela diz em um sussurro.
—