38. Luz prateada.
Hoop
Connor me pega no colo de repente, e um gritinho escapa dos meus lábios, surpresa. Ele apenas sorri de canto, como se tivesse todo o direito do mundo de fazer isso, e ignora completamente os olhares ao nosso redor.
— O que está fazendo? Me coloca no chão! — reclamo, sem conseguir conter o calor nas bochechas.
— Seus machucados, você pode piorar! — continuo, batendo em seu ombro com a palma da mão, o que só faz ele rir, aquele riso grave que me desarma.
Assim que entramos no quarto, ele me coloca no chão com cuidado… e tranca a porta atrás de nós.
— Por que trancou a porta? — pergunto, ofegante.
— Porque o Brutus está me enlouquecendo. E é por sua causa, por você fugir de nós. — O tom dele é baixo, quase um rosnado.
— Eu não fugi de vocês… — respondo, sentindo o ambiente ao nosso redor mudar, esquentar. Meu corpo inteiro reage. Fico em alerta.
Connor dá um passo largo e, antes que eu consiga recuar mais, ele já está diante de mim. Sua mão quente toca meu rosto com uma ternura que