24. Não. Não agora.

Hoop

Fiquei internada por dois dias. Dois longos dias de febre queimando meu corpo, devorando minha mente. Entre delírios e visões, eu já não sabia o que era real.

Mas, como uma tortura cuidadosamente calculada, quando a febre cedeu, vieram as dores, agudas, pulsantes. A costela ainda latejava, a perna parecia em chamas. Mas eu estava viva. Viva o bastante para ser jogada de volta naquela cela imunda.

O ar ali era denso. Cheirava a mofo, a sangue velho, a desespero.

A escuridão parecia respirar ao meu redor, sussurrando coisas que eu não queria ouvir.

A saudade da minha casa cravava as garras em meu peito. Mas era o arrependimento que me consumia por dentro.

Se eu não tivesse fugido…

Se tivesse sido forte…

Talvez agora não estivesse aqui, presa na boca do inferno.

Minhas lágrimas lavam meu rosto…

Um estrondo violento corta o silêncio.

Algo, ou alguém, foi jogado ao chão.

Meus olhos se arregalam.

E então o vejo.

Ele.

O homem da padaria.

O mesmo dos meus sonhos.

O mesmo que me persegue
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