As crianças começam a cantar a canção lindamente, de um jeito harmonioso. Felipe procura nossos olhos o tempo todo. Discretamente, observo Lucas, que enxuga as lágrimas com frequência. Ele parece não se conter de emoção. Eu também não. Fungo, inclinando o corpo à frente para pegar um lenço de papel da caixa de Kleenex na minha bolsa. Limpo as lágrimas que escorrem e o nariz. Lucas continua com os olhos fixos em Felipe, como se nada mais existisse ao redor.
Quando a apresentação termina, vejo um Lucas completamente comovido, enxugando os olhos com um lenço que tira da jaqueta — sem nem se importar em esconder. As palmas explodem no auditório, pais igualmente emocionados, e nós nos juntamos a elas.
Não há como não se emocionar.
Lucas se ajeita na cadeira estreita e se vira para me olhar.
—Nunca senti o que estou sentindo agora. Felipe é um presente... assim como Marcello. Somos afortunados. —As palavras saem doces, carregadas de ternura.
Sorrio emocionada.
—Verdade. Vem, vamos falar com