Eryon e Althea correram pelas ruas de Lykaria, os sons da multidão e do caos da batalha ainda ecoando ao longe. A Lua dos Antigos, quase completamente encoberta pelo eclipse, projetava sombras inquietantes sobre a cidade, como se o mundo inteiro prendesse a respiração, aguardando o inevitável.
Ao alcançarem a borda do bosque, eles diminuíram o ritmo, os corações ainda disparados não apenas pela corrida, mas pelo peso do que havia acontecido minutos antes, no Salão de Justiça da Vila de Veyara. O ar estava impregnado com a energia crua do eclipse, uma pulsante e eletrizante presença que fazia a pele de Eryon formigar e o corpo de Althea se arrepiar.
Ele parou sob a copa de uma árvore antiga, os ombros largos subindo e descendo com a respiração pesada. Althea o observava, sentindo o calor do próprio sangue correr acelerado em suas veias. Havia algo diferente nele. Algo novo.
— Você está bem? — Ela perguntou, a voz mais suave do que pretendia.
Eryon passou a mão pelos cabelos castanhos e