O peso do cansaço estava tornando-se insuportável, mas Eirlys forçou-se a manter a voz firme.
— Sua mente está corrompida, Miralen. O que você se tornou não é liberdade. É autodestruição.
Miralen gargalhou, um som perturbador, cheio de desespero, que reverberou pelas árvores ao redor. A risada parecia um reflexo de sua alma partida, uma mistura de raiva e loucura.
— Poupe-me de seus julgamentos, sacerdotisa caída! Olhe para si mesma! Você também cedeu às sombras de Nyrathas. Não somos tão diferentes assim.
Eirlys sentiu a acusação perfurar sua armadura emocional, mas não tinha tempo para refletir. O chão tremeu sob seus pés novamente, e ela quase perdeu o equilíbrio com a próxima explosão de energia de Miralen. A sensação de impotência começava a tomar conta dela. O medo de não conseguir conte-la crescia dentro dela, como uma sombra ameaçando engolir sua determinação.
“Eu não posso falhar, Deusa, me ajude”, pensou, enquanto convocava cada fragmento de força que ainda lhe restava para