DAVINA
Meu corpo congelou no lugar, meus pés pressionando contra a terra suja do cemitério. Minha sorte é que os sapatos eram fechados na parte de cima, então eu não precisava me preocupar em carregar a areia de volta para casa. Não que isso importasse.
— Aquele maldito!
Ele era o responsável por tudo isso. Pela morte do meu pai, pela destruição da minha família, pelo buraco negro que agora engolia tudo à minha volta.
KJ estava ali, de pé, como se fosse um convidado qualquer, um espectador inocente. Mas os olhos dele... Eles me encaravam de volta, desafiadores, sabendo exatamente o que eu estava pensando.
Minha respiração ficou mais pesada, e um calor tomou conta de mim, queimando o vazio que eu sentia até agora.
— Davina — Timmy chamou meu nome, a voz baixa e urgente ao meu lado, como se pudesse sentir que algo estava errado.
Mas eu não conseguia desviar o olhar.
Eu queria gritar, queria arrancá-lo dali e fazê-lo pagar por cada lágrima que minha mãe derramava, por cada noite de insôn