DAVINA
Timmy estava ali, encostado na parede do corredor, com os braços cruzados e uma expressão difícil de decifrar. Seu cabelo estava bagunçado, como se ele tivesse passado as mãos por ele repetidas vezes, e havia um cansaço em seus olhos que parecia espelhar o meu.
Então eu o vi de verdade. A calça jeans preta, os coturnos impecáveis, a camisa social cinza que moldava os ombros largos dele de um jeito que eu nunca tinha reparado antes. Era diferente. Novo. Ele estava bonito demais para um dia como esse, e eu não conseguia parar de olhar.
Meu coração apertou, não pela dor do luto, mas por outra coisa, algo que queimava na base do meu estômago e subia até minha garganta. Era errado pensar nisso agora, mas eu não conseguia evitar a lembrança de como os lábios dele se sentiram contra os meus, como se ele soubesse exatamente como me desmontar.
E Deus, eu queria sentir aquilo de novo. Queria que ele cruzasse os poucos passos que nos separavam, me puxasse para perto e me fizesse esquecer d