DAVINA
Eu nem tive tempo de pensar. Meia-noite me puxou para trás de seu corpo. Eu nem vi quando ele sacou a pistola, mas lá estava ela, fria e mortal em sua mão, apontada para o vazio.
— Não se mexa — ele ordenou, a voz baixa, mas carregada de comando.
Por reflexo, prendi a respiração. Ele era puro controle e precisão, os ombros largos e tensos, pronto para disparar a qualquer momento. O olhar dele varreu o ambiente e, em seguida, focou nos outros dois que surgiram da escuridão.
Timmy e Aaron.
Ambos armados.
Os dois vestiam apenas calças de moletom, descalços, e ainda assim pareciam perigosos demais para serem apenas garotos acordando no meio da noite. Timmy tinha o cenho franzido, o cabelo bagunçado e a pistola firme na mão. Aaron, ao lado dele, exibia um brilho alerta nos olhos, como se a adrenalina tivesse varrido qualquer resquício de sono. E então, no topo da escada, apareceu Fantasma.
Diferente dos outros, ele usava uma camisa preta que parecia ter sido feita sob medida para a