DAVINA
O silêncio dentro da casa era quase ensurdecedor. Era raro ter um momento só para mim ultimamente, mas eu sabia que não deveria reclamar. Todos os caras estavam na rua resolvendo mais um dos inúmeros problemas que surgiram desde que decidimos enfrentar aquela gangue maldita. Eu queria estar lá, queria lutar ao lado deles, mas sabia que minha presença era um risco. Pelo menos, era o que todos insistiam em dizer.
Suspirei, apoiando os cotovelos na bancada da cozinha, tentando ignorar o incômodo no peito. A verdade era que, apesar de tudo, eu me sentia inútil. Estava segura, mas não fazia nada além de esperar. E esperar nunca foi o meu forte.
O som de batidas na porta me tirou dos pensamentos. Meu corpo se moveu automaticamente. Talvez fosse um dos caras que esqueceu algo ou quisesse checar como eu estava. Sem hesitar, girei a maçaneta e abri a porta.
O ar pareceu sair dos meus pulmões quando vi quem estava ali.
Pryia.
O olhar da minha irmã era uma mistura de choque e alívio, como