Baby Ortiz— Não acredito! Você voltou. Senti tanta saudade. – Ava gritou assim que me viu entrar pela porta. Os braços em torno do meu pescoço quase me esmagaram em um abraço de ursa. Ao se afastar, ela fitou-me inteira. Seus olhos estreitaram ao analisar o meu corpo. – Você está diferente...Olhei para mim mesma, confusa. – Será que dá para notar?Os olhos dela se arregalaram em uma surpresa contida. – O quê?Sem entender, continuei parada, analisando meu corpo de um lado a outro. – Não sei. Para mim parece igual. Quer dizer, ainda dói um pouco, mas ele comprou pomada e agora não está mais como antes, só...Ava levou as duas mãos a boca. – Do que você está falando?Meu rosto inteiro ficou vermelho. – Do que você está falando? – Devolvi a pergunta. – Achei que dava para notar que eu tinha feito sexo com Dominic essa manhã!Ava praticamente berrou no meu ouvido. Qualquer um na casa poderia notar seu choque. Desesperada, eu olhei para os lados. Dilan tinha os olhos sobre nós duas agora
Dominic Lexington. Andei pela pequena casa observando o estrago. Os cacos de vidro a quebrarem contra os meus sapatos alertavam a qualquer intruso que ainda pudesse estar na casa. Não que isso de alguma forma fosse me atingir. Soldados serviam para atirar em qualquer desgraçado que atravessasse o meu caminho.Meu rosto, no entanto, continuava em uma fachada de tranquilidade, quando essa era a última emoção que eu poderia sentir, porra. Preocupação: essa era a palavra perfeita para resumir o que eu sentia no momento. Não que eu me importasse com a droga de casebre, ou com as pessoas vivendo ali. Baby... Essa me preocupava de uma forma constante e quase irritante.— Quem é você? – A voz rouca e áspera atingiu-me em cheio assim que entrei no quarto bagunçado.Eu a encarei com o mesmo tipo de semblante que estava antes, mas agora a calma havia tomado seu lugar de costume. Andei dois passos em direção à idosa, sem desviar meus olhos dela e do estrago feito por toda a casa. O colchão em qu
Baby Ortiz.Eu literalmente pulei no Dominic assim que ele entrou na casa. Levando um certo e grande cachorro branco a rosnar de irritação. Ao que parecia, Snow havia me adotado como sua nova dona, e ele já não obedecia ao Dominic quando lhe pedia para se afastar de mim.Ele desviou para o meu amigo. – Não precisa ter ciúmes, amigão. Ela é mais minha que sua...Eu ri, inclinando para o encarar. Suas mãos ainda me mantinham em seu colo, segurando-me por lugares mais do que indiscretos. – Disputando atenção com um pobre e indefeso animalzinho, Dominic... Que feio! – Brinquei.Ele não sorriu, mas havia uma leve inclinação no canto dos lábios. – E isso resume o quanto você fodeu comigo, bebê.— É mesmo, é?— Uhum... – Ele murmurou, enterrando o rosto no meu pescoço.A nossa proximidade me fez sorver seu cheiro intenso, misturado a algo mais que me pareceu familiar, mas que ao mesmo tempo, não fui capaz de reconhecer.— Recebeu meu recado, bebê? – Dominic perguntou, arrastando os meus pe
Dominic Lexington.Quase vinte minutos depois do previsto, deduzi que seria inútil esperar pela garota que deveria estar ao meu lado na festa. Porra, essa seria a nossa primeira aparição pública. Algo que se tonara essencial ao passo que jornalistas começavam a especular sobre o meu caso de amor... Amor, eles não faziam ideia de toda a merda, porra.Olhei o relógio dourado preso em meu pulso pela última vez, antes de que finalmente me desse por vencido. A ideia de que ela preferia evitar locais como os que pretendia levá-la soava alerta na minha cabeça. Não por que ela tinha medo ou insegurança, mas por que ainda não confiava em mim o bastante para contar toda a maldita verdade.Ela entregou cada orifício do corpo a mim, porra. De que mais precisava para convencer uma mulher como ela?A passos duros, me vi cada vez mais próximo à porta. Prestes a sair, um segurança abriu a porta. Dilan ainda estava no andar de cima, se assegurando de que ela estivesse bem o tempo todo, mas também, se
Baby Ortiz.O fato de ter sido tocada e beijada dentro do maldito carro grande não fez meu humor melhor. Continuei ao lado dele, enquanto deixava-me ser conduzida para dentro de um lugar que não desejava estar. E o pior de tudo era que, por mais que estivesse desesperada por dentro, não diria isso a ele jamais. Como eu poderia? Como eu poderia olhar nos olhos do Dominic que contar que tinha medo de encontrar o meu noivo nesse lugar. Por que eu tinha certeza de que o homem para quem fui dada em casamento frequentava lugares assim...Angustiada, continuei prostrada como um robô, deixando que meus passos fossem guiados para onde o homem mais lindo da festa bem entendesse. O fato de estar relapsa, no entanto, não desfez a sensação de seu toque nas minhas costas nuas, cuja joia fria batia frequentemente contra o desenho dela, fazendo com que eu me arrependesse da escolha infeliz de roupa. Não por que me sentia feia, mas por que sabia, agora, todos os olhares eram meus. Todos os malditos ho
Dominic LexingtonA música no salão não passava de uma maldita distração. Eu cumprimentei dois homens mal-encarados quando entrei, e de alguma maneira, eles sorriram assim que puseram os olhos sobre mim. Talvez, o fato de estar entre os vinte homens mais ricos do mundo fosse o segredo. Parei diante de um palco, com uma extensão de passarela montada. Aquilo não era o tipo de coisa que eu costumava concordar, mas estava de saco cheio da monotonia que tenho passado desde que a minha noiva. Não, ex noiva... Enfim, eu não pretendo pensar naquela filha da mãe agora.Um homem anunciou que o leilão começaria em apenas cinco minutos, e todas as pessoas procuraram seus respectivos lugares a partir daquele momento. Não se enganem. Não havia mulheres nesse lugar, exceto, as que entrariam no palco, e elas, bom... elas seriam a mercadoria.Procurei por uma cadeira e me sentei na primeira fileira. A placa estava bem ao meu lado, e eu não tinha qualquer intenção de levantá-la esta noite. Meus pensame
Baby OrtizEu prendi a minha respiração, estalei os dedos e me preparei para o pior. Olhando aqueles homens sedentos, sentados em suas cadeiras, e os valores que as mulheres receberam, eu me sentia enjoada. Eu não queria estar nesse lugar, mas não era como se tivesse alguma escolha. Fechei os olhos e me preparei para entrar no palco. ‘Confiança. Você consegue! Você consegue!’, repeti isso na minha cabeça umas mil vezes, coloquei um sorriso qualquer, e andei até o palco.Uma falha, e eu sabia das consequências severas que me esperavam. A celebrada da noite. A minha virgindade estava prestes a ser vendida. Que ótimo... Como se eu precisasse de mais esse problema.– Direto do país com a maior quantidade de vencedoras do miss universo, Venezuela! – Talvez não seja possível notar, mas o desgraçado me empurrou. Eu voltaria e daria um chute nele, se eu pudesse. – Vinte e um anos, dança balé. E a surpresa da noite, senhores. Ela é virgem. Nossa, uma grande merda!Andei como se aquela passar
Dominic Lexington Os olhos dela estavam mais que saltados. Eu podia sentir o corpo dela se tremendo, quando me posicionei atrás e colei minha boca naquela orelha linda. – Indo a algum lugar?– E... Eu. Eu estava tentando ir ao banheiro.Apertei com um pouco mais de força. – Nunca minta para mim, amor. Não vai gostar de me deixar com raiva! Segurei na mão daquela mulher, e merda... Ela era mais linda pessoalmente. Eu estava louco para levá-la para casa. Eu a queria na minha cama com urgência. Caminhei pelo salão, enquanto sentia como os passos dela eram vacilantes.– Tem certeza que vai fazer isso? – Meu caminho foi interrompido. Eu estava irritado. – Ela vai descobrir!– Porra! Sai da minha frente. – Eu sentia os olhos dela em mim. Eu sabia que a mente estava cheia de perguntas, mas apreciei que ela as deixou dentro de sua cabeça. Todas as mulheres com quem costumava sair falavam demais.– Sua noiva não vai gostar. Pelo amor de Deus, Dom! – O irmão dela tentou argumentar.Que se foda