Baby Ortiz
Eu senti. Senti a angústia do homem a minha frente tão intensa que pareceu me despertar de um sonho muito ruim.
Eu o encarei, e pude ver seus olhos vermelhos, sua aparência sempre impecável, agora mais desleixada. Pude ver que ele estava praticamente sem roupas na minha frente. Nada disso, no entanto, foi capaz de me fazer esquecer o que aconteceu.
Eu não sabia se estar acordada era bom, mas sabia que preferia o sonho, por que, nele, eu não sentia nada. Nele não havia essa dor me rasgando por dentro.
— Por favor, diz que consegue me sentir.
Meus olhos estavam parados em minha mão em seu peito. – Sempre tentei imaginar o motivo para você ter me descartado. – Não sabia por que estava falando de forma tão lenta, mas era completamente inevitável.
— Não descartei você, bebê, eu...
—