Baby Ortiz Permaneci no escuro, enquanto minha mente me bombardeava com lembranças. Surpreendentemente, não foi o passado ou aquele homem a virem atormentar meus pensamentos, e sim todos os beijos, as carícias do Dom. A forma como ele sempre olhou para mim. Às vezes sentia que quando estávamos apenas nós dois, não havia mais nada no mundo. Era como se, pela primeira vez na minha vida, alguém finalmente enxergasse mais do que um banco de órgãos e sangue.Escutei o momento em que a porta do quarto se abriu. O vento gelado invadiu o ambiente, fazendo com que meu corpo estremecesse de frio. Com uma ideia fixa na mente, evitei fazer qualquer movimento brusco. A última coisa de que precisava era que Dominic soubesse que estava acordada agora. A última coisa de que queria era que ele dormisse no mesmo quarto que eu, e tentei com todas as forças afastar essa ideia.Encolhi quando escutei o som de sua roupa caindo no chão, e antes que me tornasse ciente do que estava acontecendo, meu corpo ba
Dominic Lexington A maldita sensação de que estava prestes a fazer algo que não deveria, veio como um lembrete da desgraça que seria a minha vida se eu arruinasse essa garota. Ainda assim, fui tão incapaz de recuar sobre o que estava prestes a fazer, quanto ao que senti no momento em que minhas mãos percorreram pelo corpo curvilíneo.Tomado por um desejo incontrolável de tê-la só para mim, como deveria ter sido a muito tempo. Como deveria ter sido desde que a conheci, porra. Eu apenas me afundei cada vez mais urgente nela. Uma de minhas mãos segurava a nuca macia, enquanto a outra agarrava a bunda gostosa. Tudo que eu não desejava era de mais um recuo da parte dela. A falta de certeza de que era isso que Baby queria deixava-me na borda. Alucinado com a invasão de seu corpo, e ainda assim, me controlando até o limite para não a machucar.Deixei que sua resistência afastasse sua boca da minha momentaneamente. Ela me olhou faminta, como se não soubesse o que sentia, e a merda de olhar d
Dominic Lexington Me enterrei nela com boca, segurando em seus quadris por que sabia que a garota arredia fugiria de mim e da intensidade do que sentia a cada investida minha. Sorvendo seu gosto doce, eu a senti se contorcer e arquear as costas sobre a cama. As mãos agarrando os lençóis indicavam o quanto ela estava perto, e se isso não fosse o bastante, os gemidos cada vez mais altos tinham-me em um maldito estado de alerta. A última coisa que eu desejava era que cada maldito desgraçado nessa casa a ouvisse gemer meu nome. Ainda assim, nada me impediu de arrastá-la cada vez mais para a borda do próprio orgasmo.— Dom... – Um murmúrio soou tão baixo quanto sua respiração descompassada. – O que... Oq... – A maneira como as palavras foram interrompidas fizeram-me intensificar os chupões em sua intimidade exposta, porra. – Eu acho que... Eu vou morrer, eu...Um estalo alto se fez presente quando deixei seu botãozinho inchado. – Só deixe vir, amor. Goze para mim. – Mantive meus olhos sob
Baby OrtizAbri os olhos e encontrei uma cama vazia. Ainda assim, isso não foi o suficiente para arrancar o sorriso do meu rosto. Me sentei, olhando ao redor. O lugar onde eu estava parecia revirado, apesar do Dominic ter trocado os lençóis na noite passada.Eu ainda conseguia sentir meu rosto queimando quando ele ergueu o sangue no meu campo de visão, só para abrir aquele sorriso sedutor de alguém que tinha acabado de vencer um grande campeonato.Suspirando, eu me esgueirei na cama, e enfim me levantei. Me ver na frente do espelho nunca me pareceu tão estranho. Meu cabelo parecia uma mata fechada, embolada em várias partes, e partes do meu corpo estavam vermelhas, com marcas de mordidas. Eu sequer sabia se tinha roupas que seriam capazes de cobrir algo assim. Preocupada, fiz a minha higiene matinal, e só então voltei para o quarto enrolada em uma toalha.Minha intimidade ardendo me fora um lembrete sombrio, e que me serviria de lição para não pedir por mais uma rodada quando eu sabia
Baby Ortiz Eu estava nervosa quando finalmente desci as escadas. A casa parecia em completo silêncio. Algo incomum, considerando a loucura em que estava no dia anterior. Curiosa, observei a forma como o ar fresco entrava pelas janelas enormes e abertas da casa, fazendo as cortinas que iam do teto ao chão balançarem numa dança silenciosa. Eu divaguei por algum tempo naquela posição, e então, finalmente desci o último degrau.— Senhora? Que bom que acordou...Coloquei a mão no peito, em uma ação imediata para segurar meu coração prestes a sair pulando para fora do meu corpo. – Nossa, você me assustou. – Eu ri.A mulher pareceu apavorada com a minha confissão, o que era estranho. – Desculpe. Eu... Eu não tive a intenção, por favor, senhora, me perdoe.Incomodada, eu andei em sua direção, tocando-lhe os ombros em uma massagem sutil. – Está tudo bem. Isso não tem importância.Ela abaixou o olhar, como se me encarar diretamente fosse algo errado. – Eu não deveria ser sorrateira. Me desculp
Dominic Lexington — Não estou apaixonado, porra! – Esbravejei.Cavalieri mantinha os olhos em mim, mas apenas bebia sua cerveja direto do gargalo. Eu sabia exatamente o que ele estava pensando agora. Que deveria ter se livrado da garota antes que ela se tornasse um problema para mim.Mas ela não era isso, era?Baby nunca poderia ser meu problema.Ela era minha solução...— Então por que guardou a porra do lençol manchado, caralho? Você a quer, não quer? Se essa for a sua intenção e deseja provar a família que a garota perdeu a virgindade no seu pau, vá em frente, meu irmão. Aflito, acendi o maldito cigarro mentolado. A ideia de voltar ao altar me consumia de tal forma que me deixava a beira do precipício. Eu tentei essa merda, e não deu certo da primeira vez. – Tudo o que eu estou fazendo é reivindicar o que me pertence. Sabem bem disso. — Eu sei... – Cavalieri se inclinou sobre a mesa pela primeira vez. O olhar letal do meu irmão entrou em conflito com o meu. Era uma batalha perd
Dominic Lexington Ter meus irmãos me apoiando poderia ser considerado como a plena satisfação, considerando que a pouco tempo, eu sequer cogitaria estar nesse lugar, mas, o segredo do Cavalieri deixava-me tão tenso, que eu me sentia a beira de uma crise. Isso, no entanto, nunca foi algo do qual eu sentisse medo. Para pessoas como nós, a morte podia ser considerada apenas como uma consequência merecida pelo que fazemos. Só que, agora, eu tinha a Baby. Eu finalmente a tinha, e perceber que morrer não seria o pior dos castigos, estava me deixando maluco.Com as armas em punho, nos caminhamos em direção ao portal principal da casa amarela. Haviam soldados na porta, como era esperado. De qualquer maneira, não houve qualquer resistência.— Abaixem as armas! — Cesare ordenou.Assim foi feito. Soldados abriram caminho, e nós passamos, com os portões escancarados. Os carros atrás de nós, nos seguiram para dentro da propriedade. Meus olhos atentos já captavam a movimentação ali dentro.Obviame
Baby Ortiz— Você é muito linda. – Desviei minha atenção da tela de um celular que quase nunca usava, para encarar o chão.Ao me deparar com a garotinha me encarando com olhos brilhantes, tive a sensação de que estava sendo julgada esse tempo todo. – Sunshine disse que vai ser minha nova mamãe, mas eu não quelo, porque ela é chata. – A garotinha piscou os olhinhos esperançosos, como se, eu, de alguma maneira pudesse evitar o que estava prestes a acontecer na vida dela.— Oi... – Deslizei na cama, me abaixando até estar cara a cara com ela. Só com os joelhos no chão, me dei conta do quanto ela parecia pequena e frágil. O nariz arrebitado tinha pequenas sardas, e os olhos claros lembravam o do pai, embora não houvesse qualquer resquício de maldade neles. – Como é o seu nome?— Lili. – A garotinha sorriu, mostrando a falha em um dos dentes da frente. – Me chamam de Lôlo, mas o papai não gosta muito. Ele diz que é feio, e que eu deveria usar o meu nome. Mas eu gosto de Lôlo. Você gosta de