Demorei algum tempo para acordar, mas quando o fiz,
percebi que estava deitada, dentro de um quarto desconhecido.
Tentei me mover, mas senti um leve desconforto na nuca. Quando
abri os olhos, a fraca e difusa luz no local agravou minha dor de
cabeça. Minha visão estava turva por um momento, mas consegui
focar no ambiente ao meu redor.
Não havia quase nada com exceção da cama de solteiro no
centro do quarto, com lençóis desgastados e uma manta xadrez.
Um armário antigo encostado contra a parede parecia gasto e
empoeirado, deixando claro não era usado há um bom tempo.
As paredes de madeira áspera exalavam o aroma
característico do interior de uma cabana, uma mistura de madeira
envelhecida e terra úmida. Uma única janela pequena permitia que
a fraca luz do dia penetrasse no cômodo, lançando sombras
inquietantes pelos cantos. Havia grades nelas, e estas contrastavam
com todo o resto, porque pareciam novas, chegando a brilhar. O
cadeado que as fechava também.
Apesar do pouco espaço, eu con